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07/10/2000
-
03h40
FÁBIO ZANINI, da Folha de S.Paulo
O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia e seu partido, o PMDB, declararam ontem apoio à candidata do PT à prefeitura paulistana, Marta Suplicy.
Os peemedebistas também manifestaram a intenção de fazer campanha em prol de Marta. O apoio foi acertado após uma conversa telefônica entre Quércia e a candidata.
Na campanha de 98, quando disputava o governo do Estado, Marta comparava Quércia e Mário Covas (PSDB), que hoje a apóiam, a Paulo Maluf (PPB), seu adversário no segundo turno.
"O que esses caras, como Maluf, Covas, Quércia e Rossi, têm de novo?", indagou, por exemplo, durante a campanha daquele ano.
Ontem, a candidata do PT afirmou que não vai recusar apoios. Falando antes do anúncio feito por Quércia e pelos peemedebistas, ela declarou: "Apoio e voto a gente não discute, acolhe. Fico satisfeita e agradeço".
No início desta semana, já haviam ocorrido contatos entre o ex-governador e dirigentes petistas, incluindo o presidente do Diretório Municipal, Ricardo Berzoini, e o presidente nacional do partido, José Dirceu. Ontem à tarde, a decisão de declarar voto e fazer campanha pela petista foi sacramentada em reunião do diretório municipal peemedebista.
No primeiro turno, o PMDB indicou o candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Romeu Tuma (PFL). Quércia diz que irá defender a tese do apoio a Marta entre os militantes do PMDB.
Apesar de afirmar que não se comprometeu com Marta a fazer campanha, o ex-governador colocou-se à disposição para subir em seu palanque, se ela quiser.
"Nunca esteve em questão no partido o apoio a Maluf, porque sua candidatura não representa avanço para a cidade", declarou o ex-governador.
Ele afirmou que os escândalos e denúncias de corrupção nas gestões de Maluf e do atual prefeito, Celso Pitta (PTN), "tiveram peso" na definição do apoio ao PT.
Quércia disse que o partido analisou as hipóteses de neutralidade ou de dar suporte à petista, que acabou prevalecendo.
Ele afirmou que a decisão foi influenciada também pela disposição dos seis vereadores eleitos pelo partido de integrar a base política de Marta, se ela for eleita. Atualmente, o partido tem dez vereadores, que geralmente se integram à base de Pitta.
Quércia disse que não houve tratativas sobre a participação do partido em um governo Marta.
"Temos divergências com o PT, mas está claro que neste momento quem tem as melhores condições de fazer o resgate moral da cidade de São Paulo é a candidata Marta Suplicy", afirmou.
O presidente do Diretório Municipal do PMDB, Milton Leite, disse que não foi acertada com Marta a incorporação de programas e projetos do partido em uma eventual gestão da petista. "Mais à frente isso pode ser discutido, mas agora não é o momento."
O presidente do diretório declarou ainda que o apoio "pode ter reflexos na campanha de 2002 (para presidente e governador)".
Quércia foi mais cauteloso. "Não dá para prever se estaremos juntos na próxima eleição."
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Quércia dá apoio a Marta e se diz à disposição para campanha
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O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia e seu partido, o PMDB, declararam ontem apoio à candidata do PT à prefeitura paulistana, Marta Suplicy.
Os peemedebistas também manifestaram a intenção de fazer campanha em prol de Marta. O apoio foi acertado após uma conversa telefônica entre Quércia e a candidata.
Na campanha de 98, quando disputava o governo do Estado, Marta comparava Quércia e Mário Covas (PSDB), que hoje a apóiam, a Paulo Maluf (PPB), seu adversário no segundo turno.
"O que esses caras, como Maluf, Covas, Quércia e Rossi, têm de novo?", indagou, por exemplo, durante a campanha daquele ano.
Ontem, a candidata do PT afirmou que não vai recusar apoios. Falando antes do anúncio feito por Quércia e pelos peemedebistas, ela declarou: "Apoio e voto a gente não discute, acolhe. Fico satisfeita e agradeço".
No início desta semana, já haviam ocorrido contatos entre o ex-governador e dirigentes petistas, incluindo o presidente do Diretório Municipal, Ricardo Berzoini, e o presidente nacional do partido, José Dirceu. Ontem à tarde, a decisão de declarar voto e fazer campanha pela petista foi sacramentada em reunião do diretório municipal peemedebista.
No primeiro turno, o PMDB indicou o candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Romeu Tuma (PFL). Quércia diz que irá defender a tese do apoio a Marta entre os militantes do PMDB.
Apesar de afirmar que não se comprometeu com Marta a fazer campanha, o ex-governador colocou-se à disposição para subir em seu palanque, se ela quiser.
"Nunca esteve em questão no partido o apoio a Maluf, porque sua candidatura não representa avanço para a cidade", declarou o ex-governador.
Ele afirmou que os escândalos e denúncias de corrupção nas gestões de Maluf e do atual prefeito, Celso Pitta (PTN), "tiveram peso" na definição do apoio ao PT.
Quércia disse que o partido analisou as hipóteses de neutralidade ou de dar suporte à petista, que acabou prevalecendo.
Ele afirmou que a decisão foi influenciada também pela disposição dos seis vereadores eleitos pelo partido de integrar a base política de Marta, se ela for eleita. Atualmente, o partido tem dez vereadores, que geralmente se integram à base de Pitta.
Quércia disse que não houve tratativas sobre a participação do partido em um governo Marta.
"Temos divergências com o PT, mas está claro que neste momento quem tem as melhores condições de fazer o resgate moral da cidade de São Paulo é a candidata Marta Suplicy", afirmou.
O presidente do Diretório Municipal do PMDB, Milton Leite, disse que não foi acertada com Marta a incorporação de programas e projetos do partido em uma eventual gestão da petista. "Mais à frente isso pode ser discutido, mas agora não é o momento."
O presidente do diretório declarou ainda que o apoio "pode ter reflexos na campanha de 2002 (para presidente e governador)".
Quércia foi mais cauteloso. "Não dá para prever se estaremos juntos na próxima eleição."
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