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23/10/2006
-
09h16
MALU DELGADO
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
O escândalo da compra do dossiê alterou o rumo da campanha presidencial e também a correlação de forças no entorno dos dois candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
Como Lula não apostava de fato num segundo turno (a virada ocorreu na véspera do dia 1º de outubro), o caso dossiê foi o responsável pela alteração da dinâmica eleitoral. Lula foi obrigado a mudar quase toda a lógica da coordenação de campanha, a começar pelo comando nacional e em São Paulo.
Do outro lado, Alckmin, que já estava praticamente abandonado pelo PSDB, ganhou fôlego, novos aliados e viu seu grupo se consolidar como uma nova força na oposição. Mas, sem um grande estrategista no time e novato em disputas nacionais, escorou-se na "república de Pindamonhangaba" e viu o PT tirar proveito das críticas às privatizações e do apoio do casal Garotinho ao candidato.
Já Lula amparou-se no núcleo do Planalto, que aos poucos já vinha ganhando a confiança irrestrita do presidente. Teve, ainda, que apostar nos governadores do PT eleitos e foi buscar apoio de prefeitos e aliados "bons de voto".
Conhecido apenas como assessor especial do presidente, coube ao petista Marco Aurélio Garcia apagar o incêndio em plena crise. Ele assumiu não só a coordenação nacional da campanha como também o posto de presidente em exercício do PT, enquanto Ricardo Berzoini caía em desgraça.
A crise do dossiê implodiu o PT paulista e deu nova estatura a Marta Suplicy, derrotada na prévia por Aloizio Mercadante. Petistas com boa interlocução com Lula, mas ainda considerados "marginais" no partido, voltaram à cena com força total e dispostos a mudar a estrutura da máquina petista, projeto semeado após a eleição de 2002 e abandonado pelo excessivo poder dos paulistas no ministério.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
2º turno mudou equipes de Lula e Alckmin
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JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
O escândalo da compra do dossiê alterou o rumo da campanha presidencial e também a correlação de forças no entorno dos dois candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
Como Lula não apostava de fato num segundo turno (a virada ocorreu na véspera do dia 1º de outubro), o caso dossiê foi o responsável pela alteração da dinâmica eleitoral. Lula foi obrigado a mudar quase toda a lógica da coordenação de campanha, a começar pelo comando nacional e em São Paulo.
Do outro lado, Alckmin, que já estava praticamente abandonado pelo PSDB, ganhou fôlego, novos aliados e viu seu grupo se consolidar como uma nova força na oposição. Mas, sem um grande estrategista no time e novato em disputas nacionais, escorou-se na "república de Pindamonhangaba" e viu o PT tirar proveito das críticas às privatizações e do apoio do casal Garotinho ao candidato.
Já Lula amparou-se no núcleo do Planalto, que aos poucos já vinha ganhando a confiança irrestrita do presidente. Teve, ainda, que apostar nos governadores do PT eleitos e foi buscar apoio de prefeitos e aliados "bons de voto".
Conhecido apenas como assessor especial do presidente, coube ao petista Marco Aurélio Garcia apagar o incêndio em plena crise. Ele assumiu não só a coordenação nacional da campanha como também o posto de presidente em exercício do PT, enquanto Ricardo Berzoini caía em desgraça.
A crise do dossiê implodiu o PT paulista e deu nova estatura a Marta Suplicy, derrotada na prévia por Aloizio Mercadante. Petistas com boa interlocução com Lula, mas ainda considerados "marginais" no partido, voltaram à cena com força total e dispostos a mudar a estrutura da máquina petista, projeto semeado após a eleição de 2002 e abandonado pelo excessivo poder dos paulistas no ministério.
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