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23/10/2006
-
20h39
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
Faltando uma semana para a eleição, o governador licenciado do Paraná, Roberto Requião (PMDB), declarou apoio ao petista Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial.
O anúncio foi uma retribuição, feito no programa eleitoral gratuito de domingo à noite, pouco mais de 24h depois de o presidente Lula pedir a seus eleitores no Estado, em comício no centro de Curitiba, que também votassem no governador.
"Tive divergências com a política econômica do governo Lula, mas sempre ressalvei a firmeza de caráter dele [presidente]. É muito importante esse contato perfeito do governador com o presidente. Acho que isso define minha posição", disse Requião.
Hoje ele repetiu os argumentos em entrevistas. O adversário dele, Osmar Dias (PDT), aderiu à campanha do tucano Geraldo Alckmin no dia seguinte à confirmação de segundo turno nas disputas nacional e no Paraná.
O reflexo do anúncio de Requião já estava nas ruas hoje: os carros de som de sua campanha estampavam sua propaganda, mas tocavam o forró-tema da campanha presidencial petista.
As pesquisas de intenção de voto identificaram que o eleitor de Lula no Estado em maioria também vota em Requião, mas o governador --que está licenciado para fazer campanha-- adiou a aproximação para não afastar a parcela de prefeitos que está com ele, mas na disputa nacional pede voto para Alckmin.
Afastado de Lula, Requião formalizou aliança com o PSDB, anulada pela executiva nacional tucana. Alckmin fez 53% dos votos no Paraná no primeiro turno. Lula fez 38%. As pesquisa indicam que o petista está em vantagem nas intenções de voto neste segundo turno.
"A uma semana da eleição e quando o adversário de Requião já está apoiando o Alckmin, não posso deixar de dizer a vocês para votarem em mim e no Requião", disse Lula sábado. Ele disse que apesar das críticas de Requião a sua política econômica, as afinidades persistem. "Requião é um homem que gosta dos pobres também", disse Lula.
Osmar Dias chamou de "oportunista" o anúncio próximo da eleição e no momento em que Lula leva vantagem de 20 pontos sobre seu candidato.
"É oportunismo puro. Se Lula estivesse bem no Paraná desde o primeiro turno, Requião tinha se abraçado com ele naquele momento. Quando o Alckmin estava crescendo, no início da campanha, ele quis se abraçar com ele."
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Requião assume opção por Lula a uma semana da eleição
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da Agência Folha, em Curitiba
Faltando uma semana para a eleição, o governador licenciado do Paraná, Roberto Requião (PMDB), declarou apoio ao petista Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial.
O anúncio foi uma retribuição, feito no programa eleitoral gratuito de domingo à noite, pouco mais de 24h depois de o presidente Lula pedir a seus eleitores no Estado, em comício no centro de Curitiba, que também votassem no governador.
"Tive divergências com a política econômica do governo Lula, mas sempre ressalvei a firmeza de caráter dele [presidente]. É muito importante esse contato perfeito do governador com o presidente. Acho que isso define minha posição", disse Requião.
Hoje ele repetiu os argumentos em entrevistas. O adversário dele, Osmar Dias (PDT), aderiu à campanha do tucano Geraldo Alckmin no dia seguinte à confirmação de segundo turno nas disputas nacional e no Paraná.
O reflexo do anúncio de Requião já estava nas ruas hoje: os carros de som de sua campanha estampavam sua propaganda, mas tocavam o forró-tema da campanha presidencial petista.
As pesquisas de intenção de voto identificaram que o eleitor de Lula no Estado em maioria também vota em Requião, mas o governador --que está licenciado para fazer campanha-- adiou a aproximação para não afastar a parcela de prefeitos que está com ele, mas na disputa nacional pede voto para Alckmin.
Afastado de Lula, Requião formalizou aliança com o PSDB, anulada pela executiva nacional tucana. Alckmin fez 53% dos votos no Paraná no primeiro turno. Lula fez 38%. As pesquisa indicam que o petista está em vantagem nas intenções de voto neste segundo turno.
"A uma semana da eleição e quando o adversário de Requião já está apoiando o Alckmin, não posso deixar de dizer a vocês para votarem em mim e no Requião", disse Lula sábado. Ele disse que apesar das críticas de Requião a sua política econômica, as afinidades persistem. "Requião é um homem que gosta dos pobres também", disse Lula.
Osmar Dias chamou de "oportunista" o anúncio próximo da eleição e no momento em que Lula leva vantagem de 20 pontos sobre seu candidato.
"É oportunismo puro. Se Lula estivesse bem no Paraná desde o primeiro turno, Requião tinha se abraçado com ele naquele momento. Quando o Alckmin estava crescendo, no início da campanha, ele quis se abraçar com ele."
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