Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/10/2006 - 19h03

Ex-delegado acusado de assassinar indigenista no Mato Grosso será julgado hoje

Publicidade

da Folha Online

Dos três acusados de participar do assassinato do missionário indigenista Vicente Cañas Costa, morto em abril de 1987, apenas um deles vai ainda hoje a júri popular: Ronaldo Antônio Osmar, que era delegado de Juína (MT) na época em que o crime foi praticado. Ele é acusado por homicídio duplamente qualificado e pode ser condenado a cumprir pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.

O julgamento, que estava marcado para começar ao meio dia desta terça-feira na Justiça Federal de Cuiabá, teve início às 18h por conta da troca de um dos jurados. Quanto aos outros dois acusados, que também iriam a júri popular hoje, um conseguiu a absolvição. O outro teve o julgamento remarcado para o próximo dia 31.

O juiz Jeferson Schneider aceitou o argumento da defesa de José Vicente da Silva para que o seu julgamento fosse desmembrado ao do ex-delegado. É que duas testemunhas que prestariam depoimento em seu favor não compareceram à Justiça Federal. Portanto, seu julgamento foi transferido para o fim do mês.

Já o acusado Martinez Abadio da Silva foi absolvido. É que neste ano ele completou 73 anos e a legislação brasileira garante que pessoas com mais de 70 anos fiquem livres de ir a julgamento. Com isso, o argumento da defesa de que o crime imputado a ele já havia prescrito também foi aceito pelo juiz.

Há 19 anos, quando o indigenista foi assassinado, outras três pessoas também foram acusadas de serem mandantes do crime. Duas já morreram --os fazendeiros Camilo Carlos Obici e Pedro Chiquetti-- e a terceira, o também fazendeiro Antônio Mascarenhas Junqueira, não vai a julgamento porque tem mais de 70 anos.

Vítima

O missionário Vicente Cañas Costa, que fez os primeiros contatos com os índios enawenê-nawê na década de 70, foi morto em abril de 1987 próximo a Juína, município que fica ao norte do Estado de Mato Grosso. Ele permaneceu com a comunidade indígena por dez anos, onde trabalhava na demarcação da área para o grupo.

Leia mais
  • Acusados de assassinar indigenista são julgados em Mato Grosso

    Especial
  • Leia mais sobre demarcação de terras indígenas
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página