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26/10/2006 - 13h46

Na TV, Alckmin diz que Lula "privatizou" Amazônia; petista repete programa

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JAMES CIMINO
da Folha Online

A três dias da eleição presidencial, o tucano Geraldo Alckmin tenta recuperar a diferença de 21 pontos nas pesquisas de intenção de votos com uma estratégia bastante agressiva contra seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na propaganda eleitoral desta tarde, encerrou seu programa afirmando que "Lula assinou uma lei que privatiza a Amazônia". Segundo a propaganda, a lei permitiria que empresas estrangeiras possam explorar a floresta por 60 anos.

A ofensiva nas regiões Norte e Nordeste, onde Alckmin perde para Lula, foi bastante acentuada. Acusado de querer acabar com a Zona Franca de Manaus, o tucano foi até o Amazonas e afirmou que "o maior obstáculo para o crescimento [da Zona Franca] é a política equivocada do governo Lula". Indagado por uma funcionária do local se acabaria com o setor, Alckmin respondeu que iria "garantir a Zona Franca" e até aumentar.

Já no Nordeste, Alckmin falou do programa de cisternas e adutoras para a região do semi-árido e do Bolsa Família, programa que, novamente, afirmou que irá ampliar e melhorar.

"Lula nem era presidente e milhões de famílias recebiam benefícios do governo federal", como o Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Vale Gás, "o que Lula fez foi apenas mudar de nome", criticou o tucano, que mostrou três beneficiárias dos tais programas afirmando não ver "nenhuma diferença" entre as iniciativas sociais do governos FHC e as do governo Lula. Depois, na fala de um cidadão, Alckmin promete aumentar o valor do benefício do programa.

Lula

O programa de Lula repetiu a emissão de ontem à noite, que falava dos investimentos do governo federal na agricultura. Além disso, destacou que o petista "continua crescendo nas pesquisas".

Lula se defendeu das acusações de que sua gestão fora incompetente na área agrícola. Destacou que a agricultura brasileira "é uma das mais fortes do mundo", mas que isso "não impede que alguns setores passem por crises cíclicas", como igualmente ocorre em outros países.

Admitiu que os produtores de soja foram os mais prejudicados por "intempéries climáticas", concorrência internacional e câmbio, mas que outros setores, como o da cana, laranja e café tiveram bom desempenho, o que equilibrou a balança.

Para endossar sua tese, Lula veiculou declaração do governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi, conhecido como "o rei da soja", dizendo que, graças a investimentos do governo, "já iniciamos o processo de recuperação do setor".

"Aumentamos investimentos, prorrogamos dívidas, melhoramos o controle sanitário", dizia a propaganda, que destacou também benefícios do plano Safra, que teria investido R$ 60 bilhões no campo.

O programa do PT também destacou o investimento no aeroporto de Petrolina que foi ampliado e que ganhou um terminal refrigerado para a exportação de frutas.

E, quando falou de agricultura familiar, ressaltou as iniciativas no Rio Grande Sul, onde foi superado por Alckmin em votos no primeiro turno.

Além disso, falou da instalação de quatro usinas de Biodiesel naquele Estado, o que aumentará, segundo estimativas, em 15% a demanda pela soja.

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