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26/10/2006 - 19h56

Jungmann entra com mandado de segurança contra delegado do dossiegate

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), prometeu ingressar ainda hoje na Justiça Federal do Distrito Federal com mandado de segurança por retenção de informações contra o delegado da Polícia Federal Diógenes Curado, que comanda as investigações sobre o dossiegate em Cuiabá (MT).

Jungmann alega que o delegado vem obstruindo as investigações da CPI ao não encaminhar os documentos solicitados pelos deputados e senadores. O deputado quer obrigar Curado a encaminhar todos os documentos à comissão.

"Está mais que evidente que o delegado que comanda as investigações está sonegando informações à CPI dos Sanguessugas, o que caracteriza a sua tentativa de obstruir o nosso trabalho. Por isso, não tenho outra alternativa a não ser recorrer à Polícia Federal", disse.

O deputado lembrou que, desde a última sexta-feira, a CPI vem tentando obter sem sucesso junto à PF as quebras de sigilo telefônico dos envolvidos na compra do dossiê, assim como as transcrições dos depoimentos de Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT, e Abel Pereira, ligado ao ex-ministro da Saúde Barjas Negri (PSDB). A CPI também quer os laudos e a fita do circuito interno de vídeo do hotel onde foram presos Gedimar Passos e Valdebran Padilha com o R$ 1,7 milhão que seria usado na compra do dossiê.

"Tentamos obter os documentos na sexta-feira e não conseguimos. Depois, o presidente Biscaia [deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-SP)] tentou esta semana e não conseguiu de novo. Então eu vou recorrer à Justiça, não é nada pessoal", afirmou.

Jungmann também negou que o mandado de segurança possa criar constrangimentos às investigações da CPI. "Eu vou recorrer à lei, não vejo porque a lei possa constranger alguém", ressaltou.

Impasse

O juiz Jefferson Schneider, da 2ª Vara Federal de Cuiabá, encaminhou esta semana à CPI o relatório parcial da PF sobre as investigações da compra do dossiê, mas não incluiu as quebras de sigilo nem o restante da documentação já em mãos do delegado. O impasse sobre os documentos deflagrou uma crise política dentro da CPI entre parlamentares do governo e da oposição.

Biscaia acusa Jungmann e o sub-relator Carlos Sampaio (PSDB-SP) de estarem em busca dos documentos para usá-los em favor da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência. Os deputados rebatem as acusações e afirmam que, ao contrário de Biscaia, querem apenas investigar o dossiegate.

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