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27/10/2006 - 11h55

Bastos diz que é preciso ter cuidado com depoimento do padeiro

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, confirmou nesta sexta-feira que a Polícia Federal está investigando o suposto transporte de R$ 250 mil de Pouso Alegre (MG) para São Paulo (SP). O dinheiro seria supostamente usado na compra do dossiê contra políticos tucanos por integrantes do PT.

Bastos confirmou que a PF ouviu em Varginha (MG) a testemunha Aguinaldo Lima, que teria entregue o dinheiro a Hamilton Lacerda, ex-coordenador de campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo.

"Faz parte de uma linha grande de investigação. A Polícia Federal abriu mais ou menos quase 30 pistas e está checando todas. Tem uma casa de câmbio lá do Rio, essa que apareceu de Minas, e o sujeito diz que levou dinheiro e entregou para um pessoa em São Paulo. Isso está sendo checado", disse.

Lima, que é padeiro, disse que teria recebido o dinheiro do promotor de eventos Luiz Armando Silvestre Ramos, para quem trabalhou há um ano. Ramos teria pedido para usar sua conta bancária para receber uma transferência eletrônica de R$ 80 mil no último dia 10 de setembro. O promotor teria sacado mais R$ 170 mil para a compra do dossiê.

O ministro afirmou, no entanto, que podem existir "dezenas" de fontes para a origem do dinheiro do dossiê. Ele não confirmou os indícios de que parte dos recursos tenha vindo do caixa dois do PT. "Não se tem nada fechado, não se sabe ainda qual é a origem do dinheiro. Essa pista pode estar certa ou não estar certa", afirmou.

Segundo Bastos, a PF vai tentar obter os extratos bancários de Ramos para confirmar a operação. "Nesse momento dos acontecimentos, é preciso checar tudo com muito cuidado, porque a tentação de as pessoas às vezes chegarem e contarem coisas, em depoimento espontâneo neste momento, precisa ser avaliada com muito cuidado", ressaltou.

O ministro afirmou, no entanto, que podem existir "dezenas" de fontes para a origem do dinheiro do dossiê. Ele não confirmou os indícios de que parte dos recursos tenha vindo do caixa dois do PT. "Não se tem nada fechado, não se sabe ainda qual é a origem do dinheiro. Essa pista pode estar certa ou não estar certa", afirmou.

Atuação da PF

Bastos saiu em defesa da atuação da PF na apuração da origem do dinheiro do dossiê. Segundo o ministro, as críticas à atuação "parcial" do órgão não foram justas.

"Eu tenho grande orgulho de que a Polícia Federal, com toda essa pressão que houve, conseguiu manter a investigação em um nível de seriedade. Ela nem avançou nem cedeu às tentações de se sincronizar ao tempo eleitoral, o que era impossível", disse.

O ministro afirmou acreditar que a PF "vai descobrir pelo menos grande parte" da origem do dinheiro para a compra do dossiê. "A PF está muito desafiada, disposta a descobrir a origem do dinheiro como um desafio."

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