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27/10/2006 - 17h31

Presidente do TSE diz que candidatos usaram caixa dois em 2002

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio Mello, reconheceu nesta sexta-feira que os partidos políticos utilizaram a prática de caixa dois nas campanhas eleitorais à Presidência da República em 2002.

Segundo Marco Aurélio, o uso de recursos não contabilizados foi coibido este ano nas campanhas porque os doadores ficaram "mais espertos" ao perceberem que "as mazelas não são mais escamoteadas" no país.

"O que concluímos e não podemos ser ingênuos é que em 2002 houve recursos não contabilizados. Já agora, em 2006, tendo em conta a quadra vivida no Brasil, em que mazelas não são mais escamoteadas --e até mesmo os doadores que doavam por debaixo do pano, e aí estou a me referir especificamente ao caixa dois --estiveram em 2006 mais espertos", disse.

O ministro afirmou que houve um "barateamento" nas campanhas eleitorais este ano depois da aprovação da chamada minirreforma eleitoral (lei 11.300) --que proibiu atividades de campanha como a realização de showmícios, utilização de outdoors e a doação de brindes. Na opinião do presidente do TSE, as mudanças provocadas pela minirreforma foram positivas do ponto de vista do "avanço cultural" do país.

Perplexidade

Marco Aurélio se mostrou "perplexo" com a comparação entre os valores declarados pelas campanhas este ano e os apresentados nas últimas eleições presidenciais. A campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou oficialmente gastos de R$ 115 milhões em 2006 contra R$ 52,7 milhões em 2002. Já o tucano Geraldo Alckmin (PSDB) declarou gastos de R$ 95 milhões este ano, enquanto o candidato do PSDB em 2002, José Serra, apresentou ao TSE gastos de R$ 47,3 milhões.

O ministro se mostrou otimista para que o novo presidente da República, a ser eleito no próximo domingo, junto ao Congresso Nacional aperfeiçoem ainda mais as mudanças no sistema eleitoral. "A via está aplainada para chegar-se a uma reforma política mais profunda em 2007. Nós estamos avançando", disse.

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