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28/10/2006
-
09h36
do enviado especial da Folha a Cuiabá
da Agência Folha, em Cuiabá
O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Daniel Lorenz, disse ontem que o delegado que cuida do caso do dossiê contra tucanos, Diógenes Curado, "está extremamente convencido" de que pelo menos parte dos dólares apreendidos com os emissários do PT Gedimar Passos e Valdebran Padilha passaram pela casa de câmbio Vicatur, no município de Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense.
Até agora, pelo menos publicamente, a PF tratava a Vicatur apenas como suspeita de ter sido usada para levantar parte dos recursos que seriam usados por Gedimar e Valdebran na negociação do dossiê contra os tucanos.
Anteontem, a PF indiciou os donos da Vicatur, Sirley da Silva Chaves e Fernando Manoel Ribas, porque eles teriam confessado ter pago R$ 3.000 a "laranjas" para uma operação de venda de US$ 44,3 mil.
Sirley e Ribas foram interrogados pelo delegado Diógenes Curado, que preside o inquérito sobre o dossiê. Os dois teriam contado que pagaram R$ 3.000 a Levy Luís da Silva para que ele cedesse o próprio nome e de outros oito familiares para servirem como "laranjas" na operação da compra dos US$ 44,3 mil.
Levy também foi ouvido, mas a PF não revelou o conteúdo do depoimento dele. A polícia trabalha com a hipótese de que ele usou o nome dos familiares sem o consentimento deles. Levy não foi indiciado.
Sirley e Ribas foram indiciados por crime contra o sistema financeiro (artigo 21 da Lei de Crimes Financeiros) e por falsificação de documentos (artigo 304 do Código Penal). As penas variam de 1 a 6 anos de prisão. Eles não foram localizados.
A PF apreendeu documentos que comprovariam a operação da venda dos dólares de forma irregular. Segundo a legislação, a casa de câmbio é responsável pela identificação do comprador de dólar.
De acordo com a assessoria de imprensa do Banco Central, a empresa que comete alguma irregularidade está sujeita à instalação de um processo administrativo que pode gerar desde multa até a cassação da autorização para operar com câmbio.
Além das diligências no Rio, a PF tomou depoimentos de quatro pessoas em Minas Gerais e suspeita que parte do esquema pode ter uma ponta no Estado. Anteontem, a polícia havia identificado duas pessoas que podem ter sido "laranjas" e que estariam em Ouro Preto.
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PF crê que parte de dólares veio da Vicatur
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da Agência Folha, em Cuiabá
O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Daniel Lorenz, disse ontem que o delegado que cuida do caso do dossiê contra tucanos, Diógenes Curado, "está extremamente convencido" de que pelo menos parte dos dólares apreendidos com os emissários do PT Gedimar Passos e Valdebran Padilha passaram pela casa de câmbio Vicatur, no município de Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense.
Até agora, pelo menos publicamente, a PF tratava a Vicatur apenas como suspeita de ter sido usada para levantar parte dos recursos que seriam usados por Gedimar e Valdebran na negociação do dossiê contra os tucanos.
Anteontem, a PF indiciou os donos da Vicatur, Sirley da Silva Chaves e Fernando Manoel Ribas, porque eles teriam confessado ter pago R$ 3.000 a "laranjas" para uma operação de venda de US$ 44,3 mil.
Sirley e Ribas foram interrogados pelo delegado Diógenes Curado, que preside o inquérito sobre o dossiê. Os dois teriam contado que pagaram R$ 3.000 a Levy Luís da Silva para que ele cedesse o próprio nome e de outros oito familiares para servirem como "laranjas" na operação da compra dos US$ 44,3 mil.
Levy também foi ouvido, mas a PF não revelou o conteúdo do depoimento dele. A polícia trabalha com a hipótese de que ele usou o nome dos familiares sem o consentimento deles. Levy não foi indiciado.
Sirley e Ribas foram indiciados por crime contra o sistema financeiro (artigo 21 da Lei de Crimes Financeiros) e por falsificação de documentos (artigo 304 do Código Penal). As penas variam de 1 a 6 anos de prisão. Eles não foram localizados.
A PF apreendeu documentos que comprovariam a operação da venda dos dólares de forma irregular. Segundo a legislação, a casa de câmbio é responsável pela identificação do comprador de dólar.
De acordo com a assessoria de imprensa do Banco Central, a empresa que comete alguma irregularidade está sujeita à instalação de um processo administrativo que pode gerar desde multa até a cassação da autorização para operar com câmbio.
Além das diligências no Rio, a PF tomou depoimentos de quatro pessoas em Minas Gerais e suspeita que parte do esquema pode ter uma ponta no Estado. Anteontem, a polícia havia identificado duas pessoas que podem ter sido "laranjas" e que estariam em Ouro Preto.
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