Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/10/2006 - 20h38

Eleito governador de PE, Campos quer continuar presidente do PSB

Publicidade

FÁBIO GUIBU
da Agência Folha

"O doutor Arraes daria uma risada daquelas enormes." É dessa forma que o o governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), 41, acha que seu avô, o líder socialista e três vezes governador do Estado, Miguel Arraes (1916-2005), comemoraria, se ainda estivesse vivo, a vitória do neto sobre o grupo que lhe impôs a maior derrota eleitoral da carreira, em 1998.

Campos, que comandou as finanças do Estado na terceira e última administração do avô (1995 a 1998), dedicou a vitória a ele e anunciou nesta segunda-feira sua equipe de transição. Dos quatro integrantes, três participaram de pelo menos um governo do líder socialista. "Nomeamos pessoas maduras, que têm a minha confiança política", afirmou.

Em entrevista coletiva, o governador eleito disse que não renunciará à presidência nacional do PSB e que, no encontro que deve ter nesta terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fará reivindicações, se puder. "Ele sabe que eu sou pidão." Leia a seguir, trechos da entrevista.

Folha - Como será a transição entre os governos?

Eduardo Henrique Accioly Campos - Não é só à realidade que nós queremos ter acesso. A gente também quer ver as alternativas. Não é só tirar a fotografia, é ver o movimento também, onde a gente vai buscar recursos e aproveitar as oportunidades.

Folha - O sr. reassumirá a presidência do seu partido?

Campos - Eu não vou renunciar de forma nenhuma. Fui eleito pelo partido. Vou compatibilizar. O partido passou a cláusula de barreira, terá fundo partidário, mais gente profissionalizada trabalhando. É só organizar.

Folha - Não é uma responsabilidade grande governar sendo neto de um mito como Arraes?

Campos - Na verdade eu nunca me senti neto de um mito. Eu me sinto neto e companheiro de um homem público admirável, um guerreiro que viveu além de seu tempo. Foi visionário.

Folha - O que diria Arraes ao ver o resultado da eleição?

Campos - O doutor Arraes daria uma risada daquelas enormes, que ele dava para festejar. Ele está festejando lá [no céu].

Folha - O sr. já tem reivindicações a fazer ao presidente?

Campos - Vou cumprimentá-lo, falar das responsabilidades que ele tem e eu tenho agora. Reivindicações, quando ele deixar eu já apresento todas. Ele sabe que eu sou pidão.

Especial
  • Leia cobertura completa das eleições 2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página