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31/10/2006
-
19h08
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O governador eleito de São Paulo, José Serra, disse hoje que não vai vender a parcela de 20% das ações do banco estadual Nossa Caixa, proposta prevista ainda no orçamento deste ano, preparado no governo de Geraldo Alckmin, candidato derrotado do PSDB à Presidência.
A venda de ações provocou uma polêmica ainda durante a campanha eleitoral, quando o atual governador Cláudio Lembo, primeiro afirmou que daria seqüência à operação, mas recuou. Prevista no Orçamento como fonte de R$ 800 milhões, a venda estava programada para o último dia 16 deste mês, como forma de sanar as dívidas do Estado.
"Nós não iremos vender as ações da Nossa Caixa. Nós vamos equilibrar o orçamento de São Paulo de outras formas técnicas e dentro das possibilidades orçamentárias", afirmou o pefelista no início do mês, supostamente atendendo um pedido da equipe de Serra.
"A situação financeira do Estado, em termos amplos, é boa. Não é nada parecido com a situação que eu encontrei quando secretário do governador Montoro [1983-1986], ou que encontrei na Prefeitura de São Paulo. O que houve foi uma decepção de receitas, por conta da menor inflação e do menor crescimento da economia", comentou Serra, quando questionado sobre a gestão das contas do Estado. Até setembro, o governo estadual tinha um déficit de R$ 1,2 bilhão, que foi enfrentado por Lembo com um programa de contenção de gastos.
"Não vejo que isso [o déficit] traga grandes dificuldades para o futuro. Se você olhar o montante, o déficit é muito pequeno face ao total do orçamento do Estado", acrescentou.
Metrô
Os problemas financeiros do Estado devem preencher a agenda do governador recém-eleito nos próximos dias. Serra confirmou que vai viajar para Washington amanhã ou no dia seguinte para tratar do financiamento do Banco Mundial para a ampliação do metrô paulista.
Segundo o governador, a variação da taxa de câmbio trouxe problemas para a operação de empréstimo, que foi acertada por um preço da moeda americana acima do atual (R$ 2,14).
Em 2004, o Banco Mundial, junto com o banco japonês JBIC acertou um financiamento de US$ 209 milhões para o projeto da linha 4 do Metrô, na cidade de São Paulo.
Ainda sobre obras estaduais, o governador eleito afirmou que espera contar com a ajuda federal para a conclusão do Rodoanel. "O Rodoanel é vital para estimular a exportação, porque hoje temos um gargalo no transporte, que é dado pela região da Grande São Paulo", disse ele.
"Não acredito que o governo Lula vá fazer discriminação contra São Paulo", acrescentou.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Serra diz que não vai vender ações do banco Nossa Caixa
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da Folha Online
O governador eleito de São Paulo, José Serra, disse hoje que não vai vender a parcela de 20% das ações do banco estadual Nossa Caixa, proposta prevista ainda no orçamento deste ano, preparado no governo de Geraldo Alckmin, candidato derrotado do PSDB à Presidência.
A venda de ações provocou uma polêmica ainda durante a campanha eleitoral, quando o atual governador Cláudio Lembo, primeiro afirmou que daria seqüência à operação, mas recuou. Prevista no Orçamento como fonte de R$ 800 milhões, a venda estava programada para o último dia 16 deste mês, como forma de sanar as dívidas do Estado.
"Nós não iremos vender as ações da Nossa Caixa. Nós vamos equilibrar o orçamento de São Paulo de outras formas técnicas e dentro das possibilidades orçamentárias", afirmou o pefelista no início do mês, supostamente atendendo um pedido da equipe de Serra.
"A situação financeira do Estado, em termos amplos, é boa. Não é nada parecido com a situação que eu encontrei quando secretário do governador Montoro [1983-1986], ou que encontrei na Prefeitura de São Paulo. O que houve foi uma decepção de receitas, por conta da menor inflação e do menor crescimento da economia", comentou Serra, quando questionado sobre a gestão das contas do Estado. Até setembro, o governo estadual tinha um déficit de R$ 1,2 bilhão, que foi enfrentado por Lembo com um programa de contenção de gastos.
"Não vejo que isso [o déficit] traga grandes dificuldades para o futuro. Se você olhar o montante, o déficit é muito pequeno face ao total do orçamento do Estado", acrescentou.
Metrô
Os problemas financeiros do Estado devem preencher a agenda do governador recém-eleito nos próximos dias. Serra confirmou que vai viajar para Washington amanhã ou no dia seguinte para tratar do financiamento do Banco Mundial para a ampliação do metrô paulista.
Segundo o governador, a variação da taxa de câmbio trouxe problemas para a operação de empréstimo, que foi acertada por um preço da moeda americana acima do atual (R$ 2,14).
Em 2004, o Banco Mundial, junto com o banco japonês JBIC acertou um financiamento de US$ 209 milhões para o projeto da linha 4 do Metrô, na cidade de São Paulo.
Ainda sobre obras estaduais, o governador eleito afirmou que espera contar com a ajuda federal para a conclusão do Rodoanel. "O Rodoanel é vital para estimular a exportação, porque hoje temos um gargalo no transporte, que é dado pela região da Grande São Paulo", disse ele.
"Não acredito que o governo Lula vá fazer discriminação contra São Paulo", acrescentou.
Especial
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