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03/11/2006 - 12h48

Oposição e governo disputam controle da Câmara e do Senado

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A disputa pela presidência da Câmara promete esquentar as discussões políticas no Congresso na semana que vem. Depois de vários dias sem votações, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados retomam os trabalhos antes do recesso de final do ano em meio a uma disputa discreta entre governo e oposição pelo controle da Câmara na próxima legislatura. PMDB, PFL e PT lideram a briga pelos principais cargos do comando do Legislativo.

Pela tradição do Congresso, o PMDB teria direito a indicar o presidente da Câmara, já que conseguiu eleger a maior bancada (87 deputados). O PT ficou logo atrás dos peemedebistas, com 83 deputados eleitos.

No Senado, o PMDB também pode se tornar a maior bancada se parlamentares do PFL migrarem para o partido. O PFL elegeu a maior bancada, com 18 senadores. O partido superou o PMDB em apenas um senador, o que já provoca interpretações distintas sobre a hegemonia dos pefelistas nos próximos quatro anos. O PMDB espera que pelo menos três senadores de outros partidos mudem para a legenda, o que tornaria o partido com o maior número de parlamentares no Senado.

Nos bastidores, parlamentares da base aliada do governo se articulam para que o PT assuma a presidência da Câmara, enquanto o PMDB ficaria com o comando do Senado. A estratégia dos governistas é impedir que o PFL controle o Senado Federal e, ao mesmo tempo, garantir o comando da Câmara.

"O PT vai ser um protagonista muito forte na decisão dos presidentes das duas Casas. Eu entendo que o PMDB não deve pleitear as duas presidências. É mais fácil sustentar a presidência do PMDB no Senado e, na Câmara, a presidência ficar com outro partido", disse o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS).

O deputado disse que o PT está disposto a trabalhar para "garantir a base de sustentação" do governo. O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP), evitou polemizar sobre a disputa com a oposição. Segundo Chinaglia, o PT quer dialogar em busca de uma solução de consenso entre os partidos para a presidência da Casa.

"O PT tem a segunda maior bancada. Se outros partidos compreenderem que o PMDB não deve ficar com as duas Casas, o PT é a segunda opção. Mas acredito em acordo que conduza a um desfecho pacífico", disse o líder.

O PFL, por outro lado, não está disposto a ceder espaço ao PMDB no Senado --o que pode acirrar a disputa entre petistas e peemedebistas na Câmara. O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que o partido vai respeitar a hegemonia do PMDB na Câmara se os peemedebistas também apoiarem a candidatura do PFL no Senado. "A premissa é o PMDB respeitar o acordo firmado no Senado", disse.

Nomes

A Folha Online apurou que, no PMDB, os nomes mais cotados para assumir a Presidência da Câmara são dos deputados Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e o presidente do partido, Michel Temer (SP). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também se articula nos bastidores para ser reeleito --embora oficialmente negue a disposição de presidir a Casa por mais dois anos.

No PT, o nome de Chinaglia ganha força para a disputa à presidência da Câmara. Fontana, no entanto, nega qualquer articulação dentro do PT. "O líder Chinaglia é um nome muito forte, mas podem ter outros. Ainda não é o momento de fulanizar a disputa", disse.

Já no PFL, os nomes cotados para assumir a presidência do Senado são os de Marco Maciel (PFL-PE) e do líder do partido, Agripino Maia (RN).

Especial
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