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03/11/2006
-
19h07
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois do descanso de quatro dias na base militar de Aratu, no litoral da Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma os trabalhos na segunda-feira disposto a iniciar as conversas com lideranças de todos os partidos em busca da governabilidade para o seu segundo mandato.
Dentro do governo, a palavra de ordem é coalizão. Os ministros mais próximos de Lula apostam no diálogo do presidente com a oposição para dar um fim à disputa acirrada no período eleitoral.
Integrantes do PSDB e do PFL, no entanto, já deixaram claro que estão dispostos a conversar com o presidente sobre temas de interesse nacional, e não do governo, desde que o diálogo ocorra no Congresso.
"Não vamos atender a esse chamado. Ele se mostrou amante da farsa e da mentira ao longo do primeiro mandato. Vamos ficar no Congresso, onde é o nosso lugar. Aqui conversamos, fora, não", disse o líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA).
Aleluia disse à Folha Online que a experiência da oposição no diálogo com o governo se mostrou "frustrada" no passado. "Para nós, esse é um chamado sem nenhuma conseqüência", afirmou.
Parlamentares do PSDB e do PFL defendem que Lula apresente primeiro as propostas sobre as quais está disposto a dialogar para, posteriormente, partirem para a negociação.
"Temos que ter uma relação transparente do governo com o Congresso Nacional e sua base, sem o esquema de toma lá, dá cá. O que não pode é querer construir um diálogo como foi feito no primeiro mandato", disse o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ).
Aliados do presidente Lula, no entanto, apostam no diálogo com a oposição. O vice-líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), disse à Folha Online que acredita na coalizão de forças --mesmo com as ameaças contrárias da oposição. "O PFL e o PSDB vão fazer oposição dura, mas vão dialogar no Congresso. As críticas não vão dominar a agenda central do país", disse.
Ministério
Além do diálogo com os partidos, Lula também vai dar início na semana que vem à montagem do quebra-çabeças em torno da composição de seu novo Ministério. O presidente estabeleceu informalmente que, até o Natal, pretende ter definida sua nova composição de auxiliares.
A expectativa é que Lula mantenha no governo ministros do PC do B, PP, PSB e PMDB, como fez em seu primeiro governo. Os peemedebistas, no entanto, esperam maior espaço nos próximos quatro anos. O PSB, que conseguiu eleger o ex-ministro Eduardo Campos para o governo de Pernambuco, também busca ampliar o espaço no governo.
Segundo o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, Lula vai definir com tranqüilidade os nomes de seus novos auxiliares. "Por enquanto, ele não fez nenhum convite", resumiu.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o presidente Lula
Leia o que já foi publicado sobre governo e oposição
Lula volta a Brasília na semana que vem disposto ao diálogo com a oposição
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da Folha Online, em Brasília
Depois do descanso de quatro dias na base militar de Aratu, no litoral da Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma os trabalhos na segunda-feira disposto a iniciar as conversas com lideranças de todos os partidos em busca da governabilidade para o seu segundo mandato.
Dentro do governo, a palavra de ordem é coalizão. Os ministros mais próximos de Lula apostam no diálogo do presidente com a oposição para dar um fim à disputa acirrada no período eleitoral.
Integrantes do PSDB e do PFL, no entanto, já deixaram claro que estão dispostos a conversar com o presidente sobre temas de interesse nacional, e não do governo, desde que o diálogo ocorra no Congresso.
"Não vamos atender a esse chamado. Ele se mostrou amante da farsa e da mentira ao longo do primeiro mandato. Vamos ficar no Congresso, onde é o nosso lugar. Aqui conversamos, fora, não", disse o líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA).
Aleluia disse à Folha Online que a experiência da oposição no diálogo com o governo se mostrou "frustrada" no passado. "Para nós, esse é um chamado sem nenhuma conseqüência", afirmou.
Parlamentares do PSDB e do PFL defendem que Lula apresente primeiro as propostas sobre as quais está disposto a dialogar para, posteriormente, partirem para a negociação.
"Temos que ter uma relação transparente do governo com o Congresso Nacional e sua base, sem o esquema de toma lá, dá cá. O que não pode é querer construir um diálogo como foi feito no primeiro mandato", disse o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ).
Aliados do presidente Lula, no entanto, apostam no diálogo com a oposição. O vice-líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), disse à Folha Online que acredita na coalizão de forças --mesmo com as ameaças contrárias da oposição. "O PFL e o PSDB vão fazer oposição dura, mas vão dialogar no Congresso. As críticas não vão dominar a agenda central do país", disse.
Ministério
Além do diálogo com os partidos, Lula também vai dar início na semana que vem à montagem do quebra-çabeças em torno da composição de seu novo Ministério. O presidente estabeleceu informalmente que, até o Natal, pretende ter definida sua nova composição de auxiliares.
A expectativa é que Lula mantenha no governo ministros do PC do B, PP, PSB e PMDB, como fez em seu primeiro governo. Os peemedebistas, no entanto, esperam maior espaço nos próximos quatro anos. O PSB, que conseguiu eleger o ex-ministro Eduardo Campos para o governo de Pernambuco, também busca ampliar o espaço no governo.
Segundo o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, Lula vai definir com tranqüilidade os nomes de seus novos auxiliares. "Por enquanto, ele não fez nenhum convite", resumiu.
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