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06/11/2006 - 12h30

Após descanso, Lula começa a negociar montagem de nova equipe de governo

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ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou na manhã desta segunda-feira, em reunião da coordenação política do governo, as conversas sobre sobre a composição de seu novo ministério. Depois do descanso de quatro dias na Bahia, Lula tem agora pouco mais de um mês para definir a equipe do segundo mandato.

Segundo auxiliares do presidente, Lula não deve fazer grandes mudanças no ministério para os próximos quatro anos.

A expectativa no Palácio do Planalto é que titulares dos chamados "postos chaves" da administração federal sejam mantidos nos cargos. Interlocutores do presidente afirmam que, no máximo, Lula pode fazer um remanejamento entre alguns ministérios, especialmente em pastas como a Fazenda e a Saúde, ou optar por técnicos --o que deve ocorrer no caso do Banco Central.

Nos bastidores, nomes como o da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), do ex-ministro e deputado federal eleito Ciro Gomes (PSB-CE), do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), além do ex-ministro e presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), ganham força para integrar o novo time de Lula. Todos são fiéis aliados do presidente, têm experiência de gestão e trânsito político. O empresário Jorge Gerdau também é cotado para integrar o novo ministério de Lula caso o atual ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, desista de continuar no cargo.

Marta Suplicy é cotada para ocupar o Ministério das Cidades. Com planos para se candidatar à prefeitura de São Paulo em 2008, a ex-prefeita conseguiria no ministério maior visibilidade. Ciro Gomes também vem sendo lembrado para a Saúde, enquanto Aldo Rebelo tem dois caminhos cogitados: um cargo de liderança na Câmara ou algum ministério mais político.

Nos demais postos, Lula deve optar por não fazer mudanças seguindo a máxima de que "em time que está ganhando não se mexe".

Lula está satisfeito, por exemplo, com a atuação dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) --que administra o programa Bolsa Família-- Walfrido dos Mares Guia (Turismo), Hélio Costa (Comunicações) e Fernando Haddad (Educação). Alguns podem acabar perdendo os cargos para partidos aliados de Lula que reivindicam maior participação no governo.

PMDB

O PMDB é um dos partidos que deseja ampliar a cota na Esplanada dos Ministérios. O partido deseja se manter no Ministério das Comunicações, mas está descontente com Hélio Costa --acusado por alguns peemedebistas de ter se distanciado da partido no Senado, onde foi substituído por Wellington Salgado (PMDB-MG).

Peemedebistas com trânsito no Palácio do Planalto já falam em dobrar o número de ministérios que o partido ocupa no segundo mandato, passando para seis no total. Atualmente, o PMDB administra os Ministérios da Saúde, Comunicações e Minas e Energia.

Os tradicionais aliados do presidente Lula também negociam cargos nos bastidores. O PC do B quer manter o comando do Ministério dos Esportes, enquanto o PSB deseja continuar à frente do Ministério da Ciência e Tecnologia --além de cortejar com o Ministério da Saúde. Segundo parlamentares do PSB, a indicação do ex-ministro Ciro Gomes para uma pasta não contempla os desejos do partido no governo.

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