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06/11/2006
-
20h13
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Cuiabá
LEONARDO SOUZA
da Folha de S.Paulo, em Cuiabá
O empresário Luiz Antonio Vedoin, acusado de liderar a máfia dos sanguessugas, deve negar amanhã em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em Brasília, ter oferecido um dossiê contra o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao empresário de Piracicaba (SP) Abel Pereira.
Abel Pereira --que é ligado ao ex-ministro da Saúde e atual prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB)-- afirmou à Polícia Federal há duas semanas que Vedoin teria oferecido a ele documentos contra Mercadante, então candidato ao governo do Estado de São Paulo.
"Ele [Vedoin] vai negar. Essa afirmação [feita por Abel Pereira] é tão ridícula, que não merece nem comentário", disse o advogado de Vedoin, Oto Medeiros.
No depoimento dado na PF, Abel Pereira disse que não chegou a ler nem a tomar conhecimento dos documentos contra Mercadante que teriam sido oferecidos a ele por Vedoin.
O depoimento de Vedoin está marcado para às 15h. Segundo Medeiros, seu cliente não vai vai alterar seus depoimentos anteriores e não acrescentará novas informações.
Abel foi acusado por Vedoin de receber propina da máfia dos sanguessugas para ajudar na liberação de verbas do Ministério da Saúde durante a gestão de Barjas, em 2002. O empresário e o prefeito de Piracicaba negam a acusação.
A PF prendeu em 15 de setembro os emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos num hotel de São Paulo com R$ 1,75 milhão. O dinheiro seria usado para comprar um dossiê antitucano feito por Vedoin.
Piloto
O delegado da PF de Cuiabá, Diógenes Curado, que é responsável pelo caso dos sanguessugas, viaja amanhã para Campo Grande (MS) para ouvir os depoimentos do piloto Tito Lívio Ferreira Lima, que transportaria R$ 1,7 milhão de São Paulo para Cuiabá em setembro. A PF também ouvirá o dono da aeronave, o empresário Arlindo Barbosa.
A PF quer descobrir quem contatou o piloto para pedir que o transporte do dinheiro fosse feito, provavelmente, no dia seguinte da negociação do dossiê.
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Entenda o caso do dossiê
Saiba mais sobre o dossiê
Especial
Leia cobertura sobre a máfia sanguessuga
Vedoin vai negar à CPI ter oferecido dossiê contra Mercadante
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da Agência Folha, em Cuiabá
LEONARDO SOUZA
da Folha de S.Paulo, em Cuiabá
O empresário Luiz Antonio Vedoin, acusado de liderar a máfia dos sanguessugas, deve negar amanhã em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em Brasília, ter oferecido um dossiê contra o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao empresário de Piracicaba (SP) Abel Pereira.
Abel Pereira --que é ligado ao ex-ministro da Saúde e atual prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB)-- afirmou à Polícia Federal há duas semanas que Vedoin teria oferecido a ele documentos contra Mercadante, então candidato ao governo do Estado de São Paulo.
"Ele [Vedoin] vai negar. Essa afirmação [feita por Abel Pereira] é tão ridícula, que não merece nem comentário", disse o advogado de Vedoin, Oto Medeiros.
No depoimento dado na PF, Abel Pereira disse que não chegou a ler nem a tomar conhecimento dos documentos contra Mercadante que teriam sido oferecidos a ele por Vedoin.
O depoimento de Vedoin está marcado para às 15h. Segundo Medeiros, seu cliente não vai vai alterar seus depoimentos anteriores e não acrescentará novas informações.
Abel foi acusado por Vedoin de receber propina da máfia dos sanguessugas para ajudar na liberação de verbas do Ministério da Saúde durante a gestão de Barjas, em 2002. O empresário e o prefeito de Piracicaba negam a acusação.
A PF prendeu em 15 de setembro os emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos num hotel de São Paulo com R$ 1,75 milhão. O dinheiro seria usado para comprar um dossiê antitucano feito por Vedoin.
Piloto
O delegado da PF de Cuiabá, Diógenes Curado, que é responsável pelo caso dos sanguessugas, viaja amanhã para Campo Grande (MS) para ouvir os depoimentos do piloto Tito Lívio Ferreira Lima, que transportaria R$ 1,7 milhão de São Paulo para Cuiabá em setembro. A PF também ouvirá o dono da aeronave, o empresário Arlindo Barbosa.
A PF quer descobrir quem contatou o piloto para pedir que o transporte do dinheiro fosse feito, provavelmente, no dia seguinte da negociação do dossiê.
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