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07/11/2006 - 09h51

Alckmin pede PSDB "fiscalizador" em reunião com deputados do partido

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JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo

Apenas uma semana após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, o ex-governador Geraldo Alckmin retomou ontem suas atividades partidárias ao participar de um jantar com deputados federais atuais e eleitos do PSDB-SP.

No encontro, Alckmin pediu aos parlamentares que desempenhem um papel "fiscalizador e responsável" em relação ao governo federal. O candidato derrotado do PSDB completa hoje 54 anos e foi homenageado com um bolo e com o coro de "Parabéns a Você".

Alckmin chegou ao restaurante da zona oeste paulistana por volta das 20h30, acompanhado da filha, Sofia, a quem chamou de "secretária". Sorridente, distribuiu cumprimentos, mas não quis dar entrevista. À Folha disse apenas que fora até o local para "comer um bolinho e agradecer o apoio".

O tucano retornou ontem a São Paulo após um descanso de cinco dias com a família em Pindamonhangaba (SP), sua cidade natal. Em 2002, José Serra, também derrotado por Lula no segundo turno, partiu para um "exílio" nos EUA que durou quase um ano.

Em seu rápido discurso aos deputados, Alckmin, além de agradecê-los, ressaltou a importância de o partido se manter unido na oposição a Lula, de construir uma nova proposta para o país e de aprofundar sua inserção na sociedade.

Consultado pelos deputados eleitos do PSDB paulista, Alckmin, segundo a Folha apurou, incentivou a proposta do grupo de lutar pelo controle da bancada na Câmara. Mas o assunto só começou a ser discutido quando o ex-governador deixou o local, às 21h40, para uma sessão de acupuntura.

O PSDB de São Paulo elegeu 18 dos 66 deputados federais tucanos neste ano, o maior grupo do partido. Pelo menos seis dos paulistas são ligados diretamente ao ex-governador.

Não há, no entanto, um nome de consenso para encabeçar a proposta do grupo. Até agora, o único que assumiu o desejo de disputar a vaga é Antônio Carlos Pannunzio, que já está "costurando" apoios em outros Estados e contaria com a simpatia de José Serra.

O PSDB também espera indicar no ano que vem o líder da minoria da Câmara. No seu retorno à atividade partidária, Alckmin não citou a possibilidade de assumir a presidência nacional do PSDB. Reservadamente, ele teria pedido "cautela" ao grupo que o apóia. Avalia que o convite deve partir da sigla e ter o apoio de Serra, governador eleito de São Paulo, de Aécio Neves, governador eleito de Minas Gerais, de Tasso Jereissati, atual dono da vaga, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Mas os dois governadores eleitos estariam impondo resistências a Alckmin, temendo tê-lo novamente como pré-candidato ao Planalto em 2010. No âmbito pessoal, o ex-governador tem se mostrado cada vez mais inclinado a assumir projetos na área da medicina.

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