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07/11/2006
-
16h41
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente licenciado PT Ricardo Berzoini retornou hoje à Câmara dos Deputados depois de ter sido afastado da presidência do partido em meio às denúncias de envolvimento com a compra do dossiê antitucano. O deputado disse à Folha Online que vai se manter afastado do comando do PT até a conclusão das investigações pela Polícia Federal e Ministério Público sobre o dossiegate.
"Salvo uma posição de membros do PT, não vou criar constrangimentos para o partido. Não pertence a mim a função de presidente do PT, mas aos que me elegeram", afirmou.
Berzoini lembrou que colocou o cargo à disposição do partido em meio às denúncias para "fortalecer" a legenda. No início de outubro, o deputado pediu licença por tempo indeterminado da presidência do PT depois de ser afastado da coordenação nacional da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência.
O deputado coordenava o chamado "núcleo de inteligência" da campanha, integrado pelos principais envolvidos na compra do dossiê. Ele foi acusado de ser um dos mandantes da compra do material contra políticos tucanos.
Ligações
Berzoini também negou as denúncias de que teria trocado telefonemas com Freud Godoy, ex-assessor especial da Presidência da República, no período da compra do dossiê. O deputado disse à Folha Online que todas as ligações efetuadas entre o seu comitê político e a empresa Caso Sistemas de Segurança --da esposa de Freud, Simone Godoy --não tiveram a sua participação.
"Mesmo que eu tivesse [falado com o Freud], isso não poderia ser atribuído ao episódio", enfatizou.
O deputado defendeu que as investigações da PF e do Ministério Público "produzam os resultados esperados para esclarecer todas as denúncias" a respeito do dossiegate.
Segundo a PF, as quebras de sigilo telefônico da Caso registram várias ligações do número da empresa para o escritório de Berzoini. Em setembro, quando a compra do dossiê teria sido negociada, a PF identificou pelo menos 32 ligações entre a Caso e o escritório de Berzoini.
Coalizão
No retorno à Câmara, Berzoini discursou no plenário para defender a coalizão de forças políticas no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Brasil vive hoje um momento especial. Situação e oposição devem refletir sobre como conduzir o debate legislativo, como viabilizar a aprovação de medidas importantes como a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, o Fundeb e outros projetos importantes nesse final de ano", disse.
O deputado também defendeu a união das forças políticas para a aprovação de uma "profunda reforma política" no país, com o trabalho harmônico entre o Executivo e o Legislativo. "Temos que extrair dos diversos partidos da situação e da oposição os elementos que dêem base consensual ou por maioria para um avanço político que permita, de fato, progredir em direção a uma democracia mais representativa", disse.
Na opinião de Berzoini, o governo a oposição serão capazes de dialogar em prol de projetos importantes para o país. "Temos essa condição, nos dias de hoje, de construir um ambiente de diálogo, com a oposição cumprindo seu papel de fiscalizar e de se opor quando necessário aos projetos do governo e com a situação construindo um pacto político responsável", encerrou.
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Berzoini diz que fica afastado da presidência do PT até o fim das investigações
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da Folha Online, em Brasília
O presidente licenciado PT Ricardo Berzoini retornou hoje à Câmara dos Deputados depois de ter sido afastado da presidência do partido em meio às denúncias de envolvimento com a compra do dossiê antitucano. O deputado disse à Folha Online que vai se manter afastado do comando do PT até a conclusão das investigações pela Polícia Federal e Ministério Público sobre o dossiegate.
"Salvo uma posição de membros do PT, não vou criar constrangimentos para o partido. Não pertence a mim a função de presidente do PT, mas aos que me elegeram", afirmou.
Berzoini lembrou que colocou o cargo à disposição do partido em meio às denúncias para "fortalecer" a legenda. No início de outubro, o deputado pediu licença por tempo indeterminado da presidência do PT depois de ser afastado da coordenação nacional da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência.
O deputado coordenava o chamado "núcleo de inteligência" da campanha, integrado pelos principais envolvidos na compra do dossiê. Ele foi acusado de ser um dos mandantes da compra do material contra políticos tucanos.
Ligações
Berzoini também negou as denúncias de que teria trocado telefonemas com Freud Godoy, ex-assessor especial da Presidência da República, no período da compra do dossiê. O deputado disse à Folha Online que todas as ligações efetuadas entre o seu comitê político e a empresa Caso Sistemas de Segurança --da esposa de Freud, Simone Godoy --não tiveram a sua participação.
"Mesmo que eu tivesse [falado com o Freud], isso não poderia ser atribuído ao episódio", enfatizou.
O deputado defendeu que as investigações da PF e do Ministério Público "produzam os resultados esperados para esclarecer todas as denúncias" a respeito do dossiegate.
Segundo a PF, as quebras de sigilo telefônico da Caso registram várias ligações do número da empresa para o escritório de Berzoini. Em setembro, quando a compra do dossiê teria sido negociada, a PF identificou pelo menos 32 ligações entre a Caso e o escritório de Berzoini.
Coalizão
No retorno à Câmara, Berzoini discursou no plenário para defender a coalizão de forças políticas no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Brasil vive hoje um momento especial. Situação e oposição devem refletir sobre como conduzir o debate legislativo, como viabilizar a aprovação de medidas importantes como a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, o Fundeb e outros projetos importantes nesse final de ano", disse.
O deputado também defendeu a união das forças políticas para a aprovação de uma "profunda reforma política" no país, com o trabalho harmônico entre o Executivo e o Legislativo. "Temos que extrair dos diversos partidos da situação e da oposição os elementos que dêem base consensual ou por maioria para um avanço político que permita, de fato, progredir em direção a uma democracia mais representativa", disse.
Na opinião de Berzoini, o governo a oposição serão capazes de dialogar em prol de projetos importantes para o país. "Temos essa condição, nos dias de hoje, de construir um ambiente de diálogo, com a oposição cumprindo seu papel de fiscalizar e de se opor quando necessário aos projetos do governo e com a situação construindo um pacto político responsável", encerrou.
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