Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/11/2006 - 09h18

Jornal não é alvo de investigação, afirma delegado

Publicidade

da Folha de S.Paulo, em Brasília

O delegado da Polícia Federal encarregado do inquérito sobre o dossiê contra tucanos, Diógenes Curado, afirmou que a Folha não é nem nunca foi alvo de investigações da polícia.

O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse ontem que não tinha conhecimento suficiente da investigação para se pronunciar a respeito. "O que imagino, é que se trate de medida de caráter geral, visando a chegar à origem do dinheiro. A liberdade de imprensa é um valor inalienável da mais alta nobreza constitucional."

Curado, que assina todos os pedidos de quebra de sigilo telefônico relacionados à investigação, afirmou que cumpriu um procedimento padrão nesse tipo de trabalho ao requisitar, à Justiça, os dados cadastrais e os extratos telefônicos de todos os números que ligam ou que recebem chamadas das pessoas investigadas no caso.

Segundo ele, os números da Folha apareceram na memória do celular apreendido com Gedimar Passos. Disse que, ao ver que as ligações foram feitas posteriormente à prisão de Gedimar e outros dois envolvidos no caso, descartou analisar a relação da Folha por concluir que se tratava de uma apuração jornalística normal.

Ele explicou que as primeiras quebras foram feitas a partir de perícia feita no celular de Gedimar. Os técnicos levantaram as últimas chamadas feitas e recebidas que estavam registradas na memória do aparelho. Como a memória tem um número limite de ligações registradas, à medida que são feitas e recebidas novas ligações, as mais antigas são apagadas.

Segundo Curado, a Folha foi o único veículo de comunicação a ter uma ligação ainda registrada na memória do celular de Gedimar. Isso explicaria, segundo ele, porque outros órgãos, mesmo tendo ligado para o celular de Gedimar antes da Folha, não tiveram seu número entre as quebras de sigilo.

"Quando pedimos os dados cadastrais e os extratos das ligações, não sabíamos que havia um número da Folha. Como queríamos dar velocidade às investigações, solicitamos os dados de todos os números nessa situação", disse ele, em relação às chamadas registradas na memória do celular de Gedimar.

"Isso é uma coisa normal dentro de uma investigação como essa. Pedimos os dados e depois vamos descartando aqueles que não nos interessam. Por isso o inquérito corre em segredo de Justiça, para que as pessoas que não têm nada a ver com o caso sejam preservadas", disse.

O delegado ontem estava em Campo Grande e se comprometeu a verificar, quando chegasse hoje a Cuiabá, os motivos de outros telefones não terem tido o pedido de quebra de sigilo. A assessoria de imprensa da Polícia Federal, em Brasília, informou que coube ao delegado que preside a investigação se pronunciar sobre o ocorrido.

O juiz Marcos Alves Tavares, da 3ª Vara Federal de Cuiabá (MT), a quem foi feito o pedido da quebra dos sigilos, informou ontem por meio da diretoria da Justiça Federal de Mato Grosso que não se manifestaria sobre o caso. A Justiça Federal informou ainda, por meio de sua assessoria, desconhecer a informação de que tenha ocorrido quebras de sigilo de telefones da Folha.

Especial
  • Leia o que foi publicado sobre o dossiegate
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página