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10/11/2006
-
09h57
ELIANE CANTANHÊDE
EDUARDO SCOLESE
PEDRO DIAS LEITE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou ontem que manterá Henrique Meirelles no Banco Central, mas, indagado diretamente, recuou, riu e deixou no ar se pretende ou não mexer no cargo estratégico.
Questionado por um grupo de jornalistas no Itamaraty se tiraria ou não Meirelles no segundo mandato, Lula primeiro respondeu: "Quem disse que eu vou mudar? Para que tirar?"
Os jornalistas continuaram: "Então, o senhor não vai mexer?" Lula riu, virou a cabeça e tergiversou: "Lá vêm vocês. Eu não disse isso". E acrescentou que não estava confirmando nada, apenas dizendo que, em tese, o time foi bem no primeiro mandato e que as mudanças vão depender de vários fatores.
Lula frisou que não decidiu nada sobre o ministério, não sabe quem sai e quem entra e tudo depende das negociações com os aliados. Ele esteve em almoço oferecido pelo presidente do Peru, Alan García, no Itamaraty. Também participou do almoço o empresário Jorge Gerdau, cotado para o Ministério do Desenvolvimento. Lula disse que não há nada sobre a ida de Gerdau para o governo.
"Eu leio cada absurdo na imprensa", riu. Depois, já saindo com García do salão de almoço, ele se negou a dizer se o chanceler Celso Amorim será mantido: "Todos os ministros vão ficar... até o último dia do ano".
Em conversas reservadas, Lula disse estar satisfeito por ter centralizado a articulação política e avisou a auxiliares que pretende manter essa atuação. Ontem, ele brincou com a nova fase: "Mais reunião do que eu estou fazendo hoje é impossível... Vou conversar com todas as bancadas, com os aliados, porque eu quero explicar pra eles que tipo de governo que eu quero fazer, como é que a coisa vai funcionar. A partir daí, eu começarei a pensar se eu vou mudar e, se vou mudar, quem que eu vou mudar e quando que eu vou mudar".
Em Curitiba, Meirelles inaugurou ontem o novo prédio do BC no Paraná, que levou 11 anos para ficar pronto e exigiu R$ 21,5 milhões. Ele não quis comentar suas chances de se manter na presidência do Banco Central no segundo mandato de Lula: "Não sei de nada".
Meirelles disse considerar superada a discussão sobre a manutenção ou não da política econômica no segundo mandato. O caminho para o Brasil crescer, segundo Meirelles, "é exatamente manter uma política monetária consistente".
Lula negou que vá cortar gastos públicos para deslanchar o crescimento econômico. Segundo ele, o Brasil vai crescer sem usar a tesoura: "Tem gente que só sabe falar em corte, em corte, em corte. É preciso parar de falar em corte e passar a falar em crescimento". Segundo ele, "não adianta cortar R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões, porque não resolve nada... Se você olhar o Orçamento, não tem onde cortar".
Na terça, Lula pretende reunir ministros e parlamentares na Granja do Torto para discutir economia e desenvolvimento.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o segundo mandato de Lula
Leia cobertura completa das eleições 2006
"Para que tirar?", diz Lula sobre Meirelles
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EDUARDO SCOLESE
PEDRO DIAS LEITE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou ontem que manterá Henrique Meirelles no Banco Central, mas, indagado diretamente, recuou, riu e deixou no ar se pretende ou não mexer no cargo estratégico.
Questionado por um grupo de jornalistas no Itamaraty se tiraria ou não Meirelles no segundo mandato, Lula primeiro respondeu: "Quem disse que eu vou mudar? Para que tirar?"
Os jornalistas continuaram: "Então, o senhor não vai mexer?" Lula riu, virou a cabeça e tergiversou: "Lá vêm vocês. Eu não disse isso". E acrescentou que não estava confirmando nada, apenas dizendo que, em tese, o time foi bem no primeiro mandato e que as mudanças vão depender de vários fatores.
Lula frisou que não decidiu nada sobre o ministério, não sabe quem sai e quem entra e tudo depende das negociações com os aliados. Ele esteve em almoço oferecido pelo presidente do Peru, Alan García, no Itamaraty. Também participou do almoço o empresário Jorge Gerdau, cotado para o Ministério do Desenvolvimento. Lula disse que não há nada sobre a ida de Gerdau para o governo.
"Eu leio cada absurdo na imprensa", riu. Depois, já saindo com García do salão de almoço, ele se negou a dizer se o chanceler Celso Amorim será mantido: "Todos os ministros vão ficar... até o último dia do ano".
Em conversas reservadas, Lula disse estar satisfeito por ter centralizado a articulação política e avisou a auxiliares que pretende manter essa atuação. Ontem, ele brincou com a nova fase: "Mais reunião do que eu estou fazendo hoje é impossível... Vou conversar com todas as bancadas, com os aliados, porque eu quero explicar pra eles que tipo de governo que eu quero fazer, como é que a coisa vai funcionar. A partir daí, eu começarei a pensar se eu vou mudar e, se vou mudar, quem que eu vou mudar e quando que eu vou mudar".
Em Curitiba, Meirelles inaugurou ontem o novo prédio do BC no Paraná, que levou 11 anos para ficar pronto e exigiu R$ 21,5 milhões. Ele não quis comentar suas chances de se manter na presidência do Banco Central no segundo mandato de Lula: "Não sei de nada".
Meirelles disse considerar superada a discussão sobre a manutenção ou não da política econômica no segundo mandato. O caminho para o Brasil crescer, segundo Meirelles, "é exatamente manter uma política monetária consistente".
Lula negou que vá cortar gastos públicos para deslanchar o crescimento econômico. Segundo ele, o Brasil vai crescer sem usar a tesoura: "Tem gente que só sabe falar em corte, em corte, em corte. É preciso parar de falar em corte e passar a falar em crescimento". Segundo ele, "não adianta cortar R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões, porque não resolve nada... Se você olhar o Orçamento, não tem onde cortar".
Na terça, Lula pretende reunir ministros e parlamentares na Granja do Torto para discutir economia e desenvolvimento.
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