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10/11/2006 - 14h22

Oposição cobra explicações do governo sobre uso do cartão corporativo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A oposição cobrou nesta sexta-feira explicações do governo federal sobre o uso de um cartão corporativo da Presidência da República para a compra de 280 "kits de lanches" --que teriam sido distribuídos a militantes petistas durante um comício do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Jacareí (SP), em setembro deste ano.

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) apresentou requerimento de informações à Mesa do Senado Federal pedindo explicações à ministra Dilma Roussef (Casa Civil) sobre o uso do cartão. A compra dos lanches, no valor de R$ 2.212, está sendo investigada pela Justiça Eleitoral de São Paulo.

"A quantia é irrisória, mas o problema é que ninguém dentro do governo diz que isso é proibido. Os cartões corporativos exprimem a mistura do público com o privado nesse governo", criticou Virgílio.

O líder afirmou, no entanto, que o PSDB não está disposto a questionar a reeleição do presidente Lula se ficar comprovado que houve crime eleitoral na suposta distribuição de lanches para os militantes. "Eu não quero assumir nenhum caráter golpista, não tenho nenhuma intenção de questionar a diplomação do presidente Lula. Mas se a lei o alcançar, não serei cúmplice de ilegalidade", afirmou.

CPI dos cartões

O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que a oposição não descarta apresentar pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o uso dos cartões corporativos pela Presidência. "Se não tivermos as explicações necessárias, precisamos de uma CPI para abrir o cadáver [dos cartões corporativos] e dizer o que está sendo feito dele", enfatizou.

Agripino acusa o governo de estar sonegando informações sobre o uso do cartão corporativo desde o início do governo. "Foram inúmeros pedidos de explicações, mas nada convincente. A oposição tem a obrigação de sugerir a CPI, já que esse fato novo comprova a reincidência do dolo", afirmou o líder.

Outro lado

A Presidência da República confirma a aquisição dos lanches, mas nega irregularidades na distribuição dos kits. Segundo a Casa Civil, responsável pelos cartões corporativos, os lanches foram distribuídos para o pessoal de segurança e do apoio presidencial, de acordo com o que determina a legislação eleitoral.



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