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10/11/2006 - 18h03

Bastos acredita na aprovação do relatório final da CPI

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GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Em meio às articulações nos bastidores da CPI dos Sanguessugas para que os trabalhos terminem antes do previsto, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, admitiu nesta sexta-feira que o clima na comissão esfriou. Bastos afirmou acreditar, no entanto, que a comissão vai apresentar o relatório final com resultados importantes para as investigações sobre a máfia dos sanguessugas.

"É natural que, com a temperatura alta, as licenças poéticas ocorram durante a campanha [eleitoral]. Mas acredito seguramente que a CPI chegará a um termo final. Ela vai apresentar seu relatório e vai prestar uma relevante contribuição para a sociedade", disse o ministro.

Apesar do suposto "acordão" que estaria sendo articulado entre governo e oposição para acelerar o fim da CPI, o vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse à Folha Online que vai lutar para a prorrogação dos trabalhos. O deputado não acredita no "acordão", mas admite que os parlamentares estão desmotivados para prosseguirem nas investigações.

"Não vejo como acordão, mas o desinteresse é flagrante tanto do governo quanto da oposição. Mesmo assim, ainda existe a força de parlamentares independentes para levar o relatório até o fim", afirmou.

Jungmann disse que os parlamentares do PPS, PV e o PSOL que integram a CPI vão se reunir na segunda-feira para articular uma mobilização que impeça o fim dos trabalhos da comissão. "Vamos mobilizar os deputados e senadores. Queremos lutar até onde for possível. Não joguei a toalha", garantiu.

Acordão

O presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), teria informado reservadamente a alguns parlamentares que a comissão deve ser encerrada bem antes do previsto. O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), teria informado a Biscaia que pretende concluir o seu relatório ainda em novembro. Confirmado o prazo, as investigações terminariam um mês antes do previsto.

Costurado com a participação do Palácio do Planalto, o "acordão" tem como objetivo encerrar as investigações do Legislativo, deixando a cargo apenas da Polícia Federal e do Ministério Público o desfecho do caso. Como os fatos sob investigação alcançam também o governo FHC, PSDB e PFL estariam participando da conspiração contra a postergação dos trabalhos da CPI.

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