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10/11/2006
-
21h11
FELIPE NEVES
da Folha Online
O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), defendeu nesta sexta-feira que a coalizão das força políticas do país "é a única alternativa para tornar o Brasil governável" no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Se você não tem um partido hegemônico, o maior partido tem 89 deputados [PMDB], tem 513, como é que qualquer governo vai conseguir maioria para governar só com um partido ou dois? A coalizão parte da nossa realidade", disse Aldo, depois de assinar uma parceria da Câmara com a FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).
Aldo negou que o governo esteja tendo dificuldades para aprovar os projetos na Câmara e atribuiu as recentes derrotas do Planalto na Casa, como a MP dos aposentados, à falta de "convicção política" dos parlamentares. Segundo ele, até o fim do ano todas as medidas provisórias serão votadas e a pauta será desobstruída.
"Nós vamos desobstruir a pauta e votar até o fim do ano, não apenas as medidas provisórias, [mas também] a emenda do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica], a lei geral da micro e pequena empresa e o orçamento, que é o nosso dever", afirmou.
Presidência da Câmara
Aldo disse que não pretende entrar em disputa "nem sangrenta e nem pacífica" para continuar no comando da Câmara. Para ele, a escolha do presidente da Casa "é resultado da articulação política dos partidos e da vontade dos deputados" e há vários parlamentares preparados para o cargo.
Questionado diretamente se considerava que seu nome poderia surgir novamente para o posto, Aldo saiu pela tangente, mas deu a entender que aceitaria. "Seria pretensioso dizer que espero [ser indicado] e seria arrogante dizer que não quero", disse.
Presidente comunista
Com a viagem do presidente Lula para a Venezuela, Aldo assumirá, a partir de domingo, a Presidência da República. O primeiro substituto seria o vice-presidente José Alencar (PRB), mas ele está de licença para tratar de um câncer no abdome.
Aldo minimizou a possibilidade de assumir a função, que ele classificou de "fugaz e passageira", e disse que vai cumpri-la "com o mesmo sentido de dever e de responsabilidade com que tenho cumprido outras tarefas".
"O exercício da presidência é uma forma de dizer. Na verdade, sou um cidadão a quem a Constituição atribui substituir o presidente em suas viagens e tenho a exata dimensão de cumprir essa responsabilidade", afirmou.
Ele foi irônico ao responder se se considerava o primeiro comunista a comandar o país. "Assumidamente comunista sim. Não sei se os outros eram e não confessaram", brincou.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
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Para Aldo, coalizão é única forma de Lula governar o país no 2º mandato
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da Folha Online
O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), defendeu nesta sexta-feira que a coalizão das força políticas do país "é a única alternativa para tornar o Brasil governável" no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Se você não tem um partido hegemônico, o maior partido tem 89 deputados [PMDB], tem 513, como é que qualquer governo vai conseguir maioria para governar só com um partido ou dois? A coalizão parte da nossa realidade", disse Aldo, depois de assinar uma parceria da Câmara com a FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).
Aldo negou que o governo esteja tendo dificuldades para aprovar os projetos na Câmara e atribuiu as recentes derrotas do Planalto na Casa, como a MP dos aposentados, à falta de "convicção política" dos parlamentares. Segundo ele, até o fim do ano todas as medidas provisórias serão votadas e a pauta será desobstruída.
"Nós vamos desobstruir a pauta e votar até o fim do ano, não apenas as medidas provisórias, [mas também] a emenda do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica], a lei geral da micro e pequena empresa e o orçamento, que é o nosso dever", afirmou.
Presidência da Câmara
Aldo disse que não pretende entrar em disputa "nem sangrenta e nem pacífica" para continuar no comando da Câmara. Para ele, a escolha do presidente da Casa "é resultado da articulação política dos partidos e da vontade dos deputados" e há vários parlamentares preparados para o cargo.
Questionado diretamente se considerava que seu nome poderia surgir novamente para o posto, Aldo saiu pela tangente, mas deu a entender que aceitaria. "Seria pretensioso dizer que espero [ser indicado] e seria arrogante dizer que não quero", disse.
Presidente comunista
Com a viagem do presidente Lula para a Venezuela, Aldo assumirá, a partir de domingo, a Presidência da República. O primeiro substituto seria o vice-presidente José Alencar (PRB), mas ele está de licença para tratar de um câncer no abdome.
Aldo minimizou a possibilidade de assumir a função, que ele classificou de "fugaz e passageira", e disse que vai cumpri-la "com o mesmo sentido de dever e de responsabilidade com que tenho cumprido outras tarefas".
"O exercício da presidência é uma forma de dizer. Na verdade, sou um cidadão a quem a Constituição atribui substituir o presidente em suas viagens e tenho a exata dimensão de cumprir essa responsabilidade", afirmou.
Ele foi irônico ao responder se se considerava o primeiro comunista a comandar o país. "Assumidamente comunista sim. Não sei se os outros eram e não confessaram", brincou.
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