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13/11/2006 - 13h18

Em reduto tucano, Aldo defende "pacto federativo" para acabar com guerra fiscal

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FELIPE NEVES
da Folha Online

O presidente em exercício, Aldo Rebelo (PC do B-SP), defendeu nesta segunda-feira que tanto o governo como a oposição devem ter bom senso para acabar com a guerra fiscal entre os Estados.

Segundo ele, o fim da disputa fiscal "é importante para São Paulo e para o Brasil e para a redução da carga tributária".

Em palestra na Fundação Mário Covas --com a presença de várias lideranças do PSDB, como os deputados eleitos Walter Feldman e José Aníbal--, Aldo afirmou que o fim da guerra fiscal passa por um pacto "justo" entre os Estados.

"Só alcançaremos uma solução de equilíbrio pelo pacto federativo que dê a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus", disse.

Questionado sobre a atitude da oposição, Aldo elogiou o PSDB, que, segundo ele, "teve um papel muito importante, muito construtivo na solução da guerra fiscal no Brasil".

Como exemplo, o presidente da Câmara citou o fato de São Paulo --que foi administrado por tucanos e agora por pefelistas-- ter aceitado a mudança no critério de cobrança do ICMS reivindicado pelo Nordeste.

Sobre o segundo mandato de Lula, Aldo acredita que não terá problemas para aprovar matérias de interesse nacional. "Fazer oposição não significa fazer oposição de interesse do país ou da população. Acho que o PSDB tem lideranças maduras, capazes e que compreendem esses princípios e essa relação."

Apesar dos elogios, ele evitou comentar a postura do PSDB e da oposição durante o primeiro mandato petista.

"A avaliação do primeiro mandato está muito recente para que qualquer político se meta a fazê-la", disse Aldo. "O que eu posso dizer é que a expectativa de todos nós, de quem tem responsabilidade para com o país, é que cada um cumpra o seu dever."

A palestra de hoje foi o primeiro evento de Aldo como presidente em exercício. Ele assumiu o posto ontem com a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Venezuela. Como o vice José Alencar está nos Estados Unidos para fazer uma cirurgia, coube a Aldo assuir interinamente a Presidência.

Também estavam presentes no evento figuras como o coordenador do programa de governo da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência, João Carlos Meirelles, o secretário da Segurança Pública no governo de Covas, Marco Vinicio Petreluzzi, o vereador Willian Woo e a viúva de Covas, Lila Covas, entre outros.

Elogios póstumos

Aldo fez rasgados elogios ao ex-governador de São Paulo Mario Covas, a quem classificou de "exemplo para todos os homens públicos" por ser "um homem de caráter, um homem leal, um homem de posições".

Disse ainda que votou no tucano sempre que ele foi candidato --embora seu partido, o PC do B, oficialmente, sempre tenha apoiado as candidaturas petistas--, e clamou para que a fundação lute para "perpetuar" sua vida e sua obra.

"Não podemos permitir que o bem que homens como Mário Covas fizeram para a democracia, para o povo e para o país cesse com a sua trajetória de vida", afirmou o comunista.

Mais homenagens

Depois de deixar a fundação Mario Covas, Aldo foi para a sede do Jockey Club, no centro de São Paulo, onde participou de um almoço em sua homenagem. Os dois compromissos já estavam previstos em sua agenda, antes dele saber que estaria no exercício da Presidência da República.

Em agenda presidencial, o comunista receberá, às 17h, no Palácio do Planalto, o atleta Marilson Gomes dos Santos, vencedor da Maratona de Nova York.

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