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14/11/2006 - 08h18

Comissão pretende ouvir Berzoini, afirma Gabeira

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MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Cuiabá

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI dos Sanguessugas, disse ontem em Cuiabá (MT) que a comissão deve ouvir o presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini, e que a dificuldade em esclarecer a origem do R$ 1,75 milhão que seria usado na compra do dossiê antitucano fortalece a tese de que parte do dinheiro é proveniente de caixa dois de campanha.

"Dificilmente uma pessoa levantaria esse dinheiro pelas suas amizades. Esse dinheiro vem de afinidades políticas. Há uma possibilidade de ter vindo de caixa dois", afirmou Gabeira.

"Resta saber de qual campanha é o caixa dois. Se, de um lado, o processo atendia aos interesses de um candidato no Estado, por outro ele foi dirigido por uma equipe nacional."

Gabeira e a sub-relatora da CPI, deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), solicitaram informações da investigação sobre o dossiê à Polícia Federal e à Justiça Federal. O juiz do caso, Jeferson Schneider, pediu prazo de 24 horas para entregar parte complementar do inquérito à CPI.

O inquérito tem cerca de mil páginas e a CPI tem em mãos apenas cerca de 725 páginas.

Os documentos --como depoimento de Berzoini à PF-- servirão para que os deputados se preparem para tomar os depoimentos na próxima semana de Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Jorge Lorenzetti.

Segundo Gabeira, Berzoini deve ser ouvido após a CPI tomar o depoimento dos seis "aloprados", como o presidente Lula se referiu aos envolvidos. A comissão ouvirá também Osvaldo Bargas (ex-coordenador da campanha de Lula), Expedito Veloso (ex-diretor do Banco do Brasil) e Hamilton Lacerda (ex-coordenador de campanha de Aloizio Mercadante ao governo de SP).

Eles devem ser indiciados pela PF na próxima semana.

Berzoini foi citado no caso por Bargas. Na semana passada, Berzoini confirmou que ocorreram telefonemas de seu comitê de campanha em SP e a Caso Sistema de Segurança, empresa da mulher de Freud Godoy, um dos investigados.

"Existem algumas prioridades no processo, como por exemplo o Hamilton Lacerda", disse Gabeira. Para a CPI, Lacerda pode esclarecer qual é a origem do dinheiro.

A CPI também requisitou cópia do inquérito sobre o empresário Abel Pereira, acusado pela família Vedoin de cobrar propina para liberar recursos do Ministério da Saúde em 2002, durante a gestão do ex-ministro Barjas Negri (PSDB).

Os deputados também querem o depoimento de Abel, em Brasília. Para Grazziotin, as investigações sobre o dossiê são priorizadas em detrimento das apurações sobre Abel.

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