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15/11/2006
-
09h47
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Cuiabá
A Polícia Federal de Cuiabá vai pedir à Justiça Federal que a operadora Vivo apresente os dados cadastrais do telefone celular pré-pago da atriz Ana Paula Cardoso Vieira, 26, dona do aparelho que, segundo as investigações, foi utilizado por Hamilton Lacerda --ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT-SP)-- na negociação do dossiê contra tucanos.
Ao depor na PF em São Paulo, na segunda-feira, Ana Paula disse desconhecer Lacerda e que não autorizou a habilitação de aparelho em seu nome.
Com o pedido, a PF quer descobrir quem realizou a habilitação telefônica. Policiais suspeitam que a habilitação pode ter sido feita por um "laranja".
Rastreamento realizado pela PF mostra que o celular em nome da atriz fez 15 chamadas e recebeu outras 13 de pessoas envolvidas na compra do dossiê um dia antes dos emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos serem presos no hotel Ibis, em São Paulo, com R$ 1,75 milhão em dinheiro.
O responsável pela suposta fraude na habilitação telefônica em nome da atriz pode ser indiciado no inquérito que apura a compra do dossiê por falsidade ideológica, falsificação de documentos e estelionato.
Segundo dados do sigilo telefônico dos envolvidos com a compra do material contra o PSDB, obtidos pela Folha, o número em nome de Ana Paula foi usado para falar com Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso, Osvaldo Bargas e Gedimar Passos --todos integrantes da campanha de Lula.
Somente com Lorenzetti, apontado pela PF como o "articulador" do dossiê contra tucanos, foram trocadas 33 ligações entre meados de agosto e 16 setembro, um dia após Gedimar e Valdebran terem sido presos.
No dia da prisão, o celular habilitado em nome de Ana Paula foi usado para fazer 16 ligações para pessoas investigadas pela polícia. No depoimento, ela afirmou à PF que não conhece os envolvidos e nunca foi filiada a partido político.
Lacerda admite que negociou o dossiê, sem o conhecimento de Mercadante, mas que desconhece a origem do dinheiro.
Especial
Leia cobertura completa sobre a máfia dos sanguessugas
PF pede acesso a dados de celular usado para negociar dossiê
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da Agência Folha, em Cuiabá
A Polícia Federal de Cuiabá vai pedir à Justiça Federal que a operadora Vivo apresente os dados cadastrais do telefone celular pré-pago da atriz Ana Paula Cardoso Vieira, 26, dona do aparelho que, segundo as investigações, foi utilizado por Hamilton Lacerda --ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT-SP)-- na negociação do dossiê contra tucanos.
Ao depor na PF em São Paulo, na segunda-feira, Ana Paula disse desconhecer Lacerda e que não autorizou a habilitação de aparelho em seu nome.
Com o pedido, a PF quer descobrir quem realizou a habilitação telefônica. Policiais suspeitam que a habilitação pode ter sido feita por um "laranja".
Rastreamento realizado pela PF mostra que o celular em nome da atriz fez 15 chamadas e recebeu outras 13 de pessoas envolvidas na compra do dossiê um dia antes dos emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos serem presos no hotel Ibis, em São Paulo, com R$ 1,75 milhão em dinheiro.
O responsável pela suposta fraude na habilitação telefônica em nome da atriz pode ser indiciado no inquérito que apura a compra do dossiê por falsidade ideológica, falsificação de documentos e estelionato.
Segundo dados do sigilo telefônico dos envolvidos com a compra do material contra o PSDB, obtidos pela Folha, o número em nome de Ana Paula foi usado para falar com Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso, Osvaldo Bargas e Gedimar Passos --todos integrantes da campanha de Lula.
Somente com Lorenzetti, apontado pela PF como o "articulador" do dossiê contra tucanos, foram trocadas 33 ligações entre meados de agosto e 16 setembro, um dia após Gedimar e Valdebran terem sido presos.
No dia da prisão, o celular habilitado em nome de Ana Paula foi usado para fazer 16 ligações para pessoas investigadas pela polícia. No depoimento, ela afirmou à PF que não conhece os envolvidos e nunca foi filiada a partido político.
Lacerda admite que negociou o dossiê, sem o conhecimento de Mercadante, mas que desconhece a origem do dinheiro.
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