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20/11/2006
-
16h33
FELIPE NEVES
da Folha Online
O presidente nacional da MD (Mobilização Democrática) --resultado da fusão do PPS, do PMN e do PHS--, deputado Roberto Freire, afirmou nesta segunda-feira que o novo partido deve se posicionar como oposição ao governo "conservador" de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Freire, a postura oposicionista é a única possível a um partido que nasce com a bandeira de ser democrático e de esquerda. Isso porque, explica, a gestão do petista se revelou politicamente bastante conservadora.
"O governo é conservador. Tão conservador que a única política social que ele tem é a 'bolsa esmola'", ironizou Freire em referência ao programa Bolsa Família, que ele classificou de "coronel moderno" por substituir os antigos caciques de partidos como o PMDB e o PFL nas regiões mais pobres do Nordeste.
Coalizão
Freire considera natural que o governo faça uma grande movimentação neste momento para construir uma base de sustentação no Congresso. Segundo ele, o Planalto terá que conseguir uma coalizão para evitar que se repitam crises como a do mensalão. "Vamos ter outros problemas, claro, mas não vai ter mais mensalão", frisou.
Sobre a aproximação com o PMDB, Freire afirmou que Lula e o PT "talvez agora estejam aprendendo com o erro" de não ter feito isso no início do primeiro mandato, como ele mesmo, à época aliado, havia sugerido.
Apesar disso, Freire disse que não existe chance de a MD fazer parte desta base governista porque ele não vê perspectiva de que haverá mudanças nos posicionamentos políticos do governo.
Mas isso não significa, explicou, que não haverá diálogo. Para ele, ao contrário do pensava o PT quando era oposição, aceitar conversar com o governo, além de uma obrigação para os homens públicos, não significa "capitular nem aderir".
"Fiz oposição oito anos ao governo Fernando Henrique Cardoso, mas nunca deixei de ter diálogo com ele", afirmou.
Serra
Questionado sobre a aproximação do novo partido com o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), Freire negou que tenha feito um convite formal, mas que eles já conversaram sobre o "quadro político e o realinhamento partidário" após a reeleição de Lula.
Mesmo sem convite, Freire ressaltou que Serra, assim como "todos os democratas de esquerda", seria muito bem vindo. "O que eu posso dizer é o seguinte: quem é que não se sentiria honrado de ter nos seus quadros uma liderança como o governador José Serra?", indagou.
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Freire diz que MD fará oposição ao "governo conservador" de Lula
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da Folha Online
O presidente nacional da MD (Mobilização Democrática) --resultado da fusão do PPS, do PMN e do PHS--, deputado Roberto Freire, afirmou nesta segunda-feira que o novo partido deve se posicionar como oposição ao governo "conservador" de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Freire, a postura oposicionista é a única possível a um partido que nasce com a bandeira de ser democrático e de esquerda. Isso porque, explica, a gestão do petista se revelou politicamente bastante conservadora.
"O governo é conservador. Tão conservador que a única política social que ele tem é a 'bolsa esmola'", ironizou Freire em referência ao programa Bolsa Família, que ele classificou de "coronel moderno" por substituir os antigos caciques de partidos como o PMDB e o PFL nas regiões mais pobres do Nordeste.
Coalizão
Freire considera natural que o governo faça uma grande movimentação neste momento para construir uma base de sustentação no Congresso. Segundo ele, o Planalto terá que conseguir uma coalizão para evitar que se repitam crises como a do mensalão. "Vamos ter outros problemas, claro, mas não vai ter mais mensalão", frisou.
Sobre a aproximação com o PMDB, Freire afirmou que Lula e o PT "talvez agora estejam aprendendo com o erro" de não ter feito isso no início do primeiro mandato, como ele mesmo, à época aliado, havia sugerido.
Apesar disso, Freire disse que não existe chance de a MD fazer parte desta base governista porque ele não vê perspectiva de que haverá mudanças nos posicionamentos políticos do governo.
Mas isso não significa, explicou, que não haverá diálogo. Para ele, ao contrário do pensava o PT quando era oposição, aceitar conversar com o governo, além de uma obrigação para os homens públicos, não significa "capitular nem aderir".
"Fiz oposição oito anos ao governo Fernando Henrique Cardoso, mas nunca deixei de ter diálogo com ele", afirmou.
Serra
Questionado sobre a aproximação do novo partido com o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), Freire negou que tenha feito um convite formal, mas que eles já conversaram sobre o "quadro político e o realinhamento partidário" após a reeleição de Lula.
Mesmo sem convite, Freire ressaltou que Serra, assim como "todos os democratas de esquerda", seria muito bem vindo. "O que eu posso dizer é o seguinte: quem é que não se sentiria honrado de ter nos seus quadros uma liderança como o governador José Serra?", indagou.
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