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20/11/2006
-
17h30
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governo federal e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) deram fim nesta segunda-feira às divergências políticas que foram acirradas durante a campanha eleitoral deste ano. O presidente da OAB, Roberto Busato, disse que a discussão sobre o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "já faz parte do passado" com a reeleição do petista --que recebeu mais de 57 milhões de votos no segundo turno das eleições.
"Essa é uma questão já faz parte de um passado na minha gestão. Agora precisamos prosseguir na construção nacional, na concertação, na conciliação política e deixar para que as autoridades do Ministério Público e da Polícia Federal investiguem os esqueletos do primeiro governo", disse Busato.
Durante a campanha eleitoral, o presidente da OAB chegou a afirmar que o órgão poderia retomar as discussões sobre o impeachment de Lula em meio às denúncias do dossiegate --mesmo depois que o Conselho Federal da OAB derrotou, por maioria, o pedido de impeachment. Na época, Busato também defendeu a apuração rigorosa sobre o suposto envolvimento do ministro Marcio Thomaz Bastos (Justiça) no vazamento do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa e na "operação abafa" da compra do dossiê.
Busato se reuniu nesta tarde com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) para discutir a votação da reforma política --primeiro encontro com um representante do governo depois da campanha eleitoral. Mesmo com as duras críticas ao presidente Lula feitas antes de outubro, aliadas à discussão pró-impeachment, Busato disse que pretende manter uma relação cordial com o Palácio do Planalto no segundo mandato de Lula.
"A Ordem sempre teve o seu papel independente, qualquer que seja o governante. Sempre mantivemos o diálogo com o ministro [Tarso], nunca houve falta de continuidade. Nós nunca nos afastamos ou alinhamos a governo nenhum", afirmou.
Apesar de encerrar as discussões sobre o impeachment de Lula, o presidente da OAB mantém a defesa pelo fim da reeleição no país. "[A reeleição] é fruto de um instituto mal resolvido no Brasil. A gente não sabe quando termina o presidente e começa o candidato", criticou.
A exemplo de Busato, Tarso também defendeu o fim da reeleição. "Se depender do governo, o fim da reeleição pode e deve ser discutido. Há grande amplitude de apoio a essa tese", disse o ministro.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
Leia cobertura completa das eleições 2006
OAB faz as pazes com governo e descarta impeachment de Lula
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da Folha Online, em Brasília
O governo federal e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) deram fim nesta segunda-feira às divergências políticas que foram acirradas durante a campanha eleitoral deste ano. O presidente da OAB, Roberto Busato, disse que a discussão sobre o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "já faz parte do passado" com a reeleição do petista --que recebeu mais de 57 milhões de votos no segundo turno das eleições.
"Essa é uma questão já faz parte de um passado na minha gestão. Agora precisamos prosseguir na construção nacional, na concertação, na conciliação política e deixar para que as autoridades do Ministério Público e da Polícia Federal investiguem os esqueletos do primeiro governo", disse Busato.
Durante a campanha eleitoral, o presidente da OAB chegou a afirmar que o órgão poderia retomar as discussões sobre o impeachment de Lula em meio às denúncias do dossiegate --mesmo depois que o Conselho Federal da OAB derrotou, por maioria, o pedido de impeachment. Na época, Busato também defendeu a apuração rigorosa sobre o suposto envolvimento do ministro Marcio Thomaz Bastos (Justiça) no vazamento do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa e na "operação abafa" da compra do dossiê.
Busato se reuniu nesta tarde com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) para discutir a votação da reforma política --primeiro encontro com um representante do governo depois da campanha eleitoral. Mesmo com as duras críticas ao presidente Lula feitas antes de outubro, aliadas à discussão pró-impeachment, Busato disse que pretende manter uma relação cordial com o Palácio do Planalto no segundo mandato de Lula.
"A Ordem sempre teve o seu papel independente, qualquer que seja o governante. Sempre mantivemos o diálogo com o ministro [Tarso], nunca houve falta de continuidade. Nós nunca nos afastamos ou alinhamos a governo nenhum", afirmou.
Apesar de encerrar as discussões sobre o impeachment de Lula, o presidente da OAB mantém a defesa pelo fim da reeleição no país. "[A reeleição] é fruto de um instituto mal resolvido no Brasil. A gente não sabe quando termina o presidente e começa o candidato", criticou.
A exemplo de Busato, Tarso também defendeu o fim da reeleição. "Se depender do governo, o fim da reeleição pode e deve ser discutido. Há grande amplitude de apoio a essa tese", disse o ministro.
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