Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/11/2006 - 18h39

Temer dirá a Lula que mais de 90% do PMDB quer apoiar o governo

Publicidade

ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Depois de conversar com as várias correntes do PMDB, o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), concluiu que a maioria da legenda é favorável a apoiar o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que trabalha para conquistar a adesão do maior número de peemedebistas possível e já manifestou que se o partido lhe oferecer esta garantia terá mais espaço no governo. No encontro, Temer dirá que pode garantir apoio de mais de 90% da legenda ao governo.

A oposição a Lula deve se concentrar no Senado, onde seis dos 18 senadores que o partido terá na próxima legislatura decidiram que não irão apoiar o governo. Em reunião hoje em Brasília, o grupo reconheceu que é minoria no partido, mas deixou claro que vai marcar posição atuando do lado dos oposicionistas. Integram esta corrente nomes de peso do partido como Jarbas Vasconcelos (PE), Joaquim Roriz (DF), Garibaldi Alves (RN), Almeida Lima (SE), Mão Santa (PI) e Geraldo Mesquita (AC).

"O PMDB de hoje é diferente do PMDB de 2003, quando o partido estava dividido entre os governistas e os independentes. Hoje somos amplamente minoritários. O partido não está dividido. Não sei se os oposicionistas chegam a 10%. O resto quer ser governo. Não temos como impedir isso, perdemos força, antigamente podíamos virar a mesa, agora não. Sabemos que o partido vai ficar com o governo majoritariamente. Mas o partido inteiro ele não tem", disse Jarbas.

A aposta dos oposicionistas é que com o tempo outros "desgostosos" se unirão ao grupo. "A coalizão que o presidente está montando está muito mais para colisão", afirmou.

Embora reconheça que é minoria no partido, o grupo oposicionista disse a Temer que não irá aceitar retaliações, como ficar de fora de comissões importantes no Senado. "Não vamos aceitar nem tolerar retaliações. Também não vou deixar o partido. Fico no PMDB", disse Jarbas.

O deputado Geddel Vieira Lima (BA) demonstrou hoje que não há esta disposição dos governistas e disse que quem estiver insatisfeito que "tenha o bom senso de procurar outro rumo". "Se for estabelecido pela maioria que o partido irá apoiar o governo, os que não concordarem terão que atuar de maneira discreta ou tomar outro rumo", disse.

Especial
  • Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
  • Leia cobertura completa das eleições 2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página