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23/11/2006
-
12h38
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Apontado como o elo entre a máfia da compra de ambulâncias e o PSDB, o empresário Abel Pereira disse durante depoimento à CPI dos Sanguessugas nesta manhã ter recebido do empresário Luiz Antonio Vedoin a proposta de compra de um dossiê contra o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que disputava o governo de São Paulo. Abel afirmou que Vedoin disse ter documentos que comprovariam o envolvimento de Mercadante com a máfia.
"Ele disse que o senador interveio na liberação de verbas [para a compra superfaturada de ambulâncias] e pediu que eu procurasse alguém do PSDB", afirmou.
Segundo Abel, Vedoin ofereceu o material em agosto deste ano durante encontro em São Paulo, no shopping Iguatemi.
Abel negou, no entanto, que tenha negociado com o sócio da Planam a compra de qualquer dossiê contra Mercadante ou outros candidatos petistas. "Eu não sou político, não tinha nenhuma relação com o PSDB e não negociei nada com o Vedoin", disse.
Abel teria afirmado a Vedoin, segundo relatou à CPI, que o seu único contato no PSDB era Barjas Negri, ex-ministro da Saúde. O empresário disse que conheceu Barjas em Piracicaba, cidade da qual o ex-ministro agora é prefeito. Abel reconheceu que doou R$ 15 mil para a campanha de Barjas à prefeitura como empresário --já que é dono da construtora Cicat, que realiza obras de empresas privadas em Piracicaba.
O empresário foi enfático ao afirmar, no entanto, que nunca recebeu propina dos Vedoin para intermediar a compra superfaturada de ambulâncias enquanto Barjas esteve no Ministério da Saúde. Por outro lado, o sócio da Planam afirmou à Polícia Federal que Abel era o elo entre a empresa e o ministério por sua proximidade com Barjas.
O empresário reiterou nesta manhã que no período em que o tucano estava na pasta da Saúde somente o conhecia de vista --apesar de reconhecer que esteve no gabinete do ministro em 2002, ao lado do prefeito de Jaciara (MT) para negociar verbas para a construção de um hospital na cidade.
"Minha relação com ele ficou mais próxima durante campanha à prefeitura de Piracicaba, em 2002", afirmou.
Outro lado
Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara no início do mês, Vedoin negou ter oferecido a Abel o suposto dossiê contra Mercadante.
O empresário afirmou que Abel recebia 6,5% sobre todas as emendas que liberava no Ministério da Saúde.
O sócio da Planan disse que não sabia se Abel repassava para Barjas Negri a propina que recebia em troca da execução das emendas.
"Sei que ele tinha relação com o ministro, mas não tenho conhecimento se ele repassava o dinheiro", afirmou na ocasião.
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Abel afirma à CPI que Vedoin ofereceu dossiê contra Mercadante
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da Folha Online, em Brasília
Apontado como o elo entre a máfia da compra de ambulâncias e o PSDB, o empresário Abel Pereira disse durante depoimento à CPI dos Sanguessugas nesta manhã ter recebido do empresário Luiz Antonio Vedoin a proposta de compra de um dossiê contra o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que disputava o governo de São Paulo. Abel afirmou que Vedoin disse ter documentos que comprovariam o envolvimento de Mercadante com a máfia.
"Ele disse que o senador interveio na liberação de verbas [para a compra superfaturada de ambulâncias] e pediu que eu procurasse alguém do PSDB", afirmou.
Segundo Abel, Vedoin ofereceu o material em agosto deste ano durante encontro em São Paulo, no shopping Iguatemi.
Abel negou, no entanto, que tenha negociado com o sócio da Planam a compra de qualquer dossiê contra Mercadante ou outros candidatos petistas. "Eu não sou político, não tinha nenhuma relação com o PSDB e não negociei nada com o Vedoin", disse.
Abel teria afirmado a Vedoin, segundo relatou à CPI, que o seu único contato no PSDB era Barjas Negri, ex-ministro da Saúde. O empresário disse que conheceu Barjas em Piracicaba, cidade da qual o ex-ministro agora é prefeito. Abel reconheceu que doou R$ 15 mil para a campanha de Barjas à prefeitura como empresário --já que é dono da construtora Cicat, que realiza obras de empresas privadas em Piracicaba.
O empresário foi enfático ao afirmar, no entanto, que nunca recebeu propina dos Vedoin para intermediar a compra superfaturada de ambulâncias enquanto Barjas esteve no Ministério da Saúde. Por outro lado, o sócio da Planam afirmou à Polícia Federal que Abel era o elo entre a empresa e o ministério por sua proximidade com Barjas.
O empresário reiterou nesta manhã que no período em que o tucano estava na pasta da Saúde somente o conhecia de vista --apesar de reconhecer que esteve no gabinete do ministro em 2002, ao lado do prefeito de Jaciara (MT) para negociar verbas para a construção de um hospital na cidade.
"Minha relação com ele ficou mais próxima durante campanha à prefeitura de Piracicaba, em 2002", afirmou.
Outro lado
Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara no início do mês, Vedoin negou ter oferecido a Abel o suposto dossiê contra Mercadante.
O empresário afirmou que Abel recebia 6,5% sobre todas as emendas que liberava no Ministério da Saúde.
O sócio da Planan disse que não sabia se Abel repassava para Barjas Negri a propina que recebia em troca da execução das emendas.
"Sei que ele tinha relação com o ministro, mas não tenho conhecimento se ele repassava o dinheiro", afirmou na ocasião.
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