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23/11/2006
-
17h18
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A oposição reagiu ao pedido feito nesta quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com governadores aliados, para que o PSDB e o PFL deixem para fazer oposição ao governo somente em 2010. O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que as palavras de Lula mostram que o governo caminha para um regime de ditadura no país.
"O sistema democrático exige que o governo seja fiscalizado. Pedir que não exista oposição é muito grave. Ele está caminhando próximo a outros presidentes com linha autoritária como o Hugo Chávez, na Venezuela", criticou Maia.
Além de pedir que a oposição espere 2010 para criticar o governo em prol da coalizão política, Lula disse ter "relação de amizade" com membros da oposição --como os governadores José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG). O presidente se mostrou disposto a dialogar com os oposicionistas que forem "civilizados".
O senador José Jorge (PFL-PE), que concorreu à vice-presidência da República na chapa do tucano Geraldo Alckmin, disse que o papel da oposição não é se calar, e sim questionar o governo.
"Estamos em um país democrático, as conclusões são tiradas das divergências de opiniões. Da mesma maneira que a população concedeu o mandato ao presidente, nos deu o mandato para fazer oposição", disse.
Na opinião de José Jorge, as palavras de Lula são "cascatas" que não vão se configurar no segundo mandato. "Não adianta fazer essa salada geral [de partidos] em torno do governo."
Assim como José Jorge, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) ironizou as declarações de Lula. "É o novo Messias que está surgindo. Ele tem que dar o exemplo, do contrário vai ser cobrado", disse.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
Leia cobertura completa das eleições 2006
Oposição diz que não vai esperar 2010 para criticar o governo
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da Folha Online, em Brasília
A oposição reagiu ao pedido feito nesta quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com governadores aliados, para que o PSDB e o PFL deixem para fazer oposição ao governo somente em 2010. O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que as palavras de Lula mostram que o governo caminha para um regime de ditadura no país.
"O sistema democrático exige que o governo seja fiscalizado. Pedir que não exista oposição é muito grave. Ele está caminhando próximo a outros presidentes com linha autoritária como o Hugo Chávez, na Venezuela", criticou Maia.
Além de pedir que a oposição espere 2010 para criticar o governo em prol da coalizão política, Lula disse ter "relação de amizade" com membros da oposição --como os governadores José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG). O presidente se mostrou disposto a dialogar com os oposicionistas que forem "civilizados".
O senador José Jorge (PFL-PE), que concorreu à vice-presidência da República na chapa do tucano Geraldo Alckmin, disse que o papel da oposição não é se calar, e sim questionar o governo.
"Estamos em um país democrático, as conclusões são tiradas das divergências de opiniões. Da mesma maneira que a população concedeu o mandato ao presidente, nos deu o mandato para fazer oposição", disse.
Na opinião de José Jorge, as palavras de Lula são "cascatas" que não vão se configurar no segundo mandato. "Não adianta fazer essa salada geral [de partidos] em torno do governo."
Assim como José Jorge, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) ironizou as declarações de Lula. "É o novo Messias que está surgindo. Ele tem que dar o exemplo, do contrário vai ser cobrado", disse.
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