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23/11/2006
-
20h54
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira ao menos 35 pessoas acusadas de envolvimento com crimes ambientais em terras indígenas de Mato Grosso.
Entre os presos na operação, que ocorreu também em outros seis Estados, estão o ex-superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) em Mato Grosso Jacob Kuffner, grileiros, fazendeiros e donos de madeireiras.
Também foi detido o funcionário da Sema (Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso) Geraldo Pereira, que estava cedido pela secretaria desde setembro de 2005 para a assessoria do deputado estadual Dilceu Dal'Bosco (PFL-MT), reeleito nesta eleição.
Segundo a assessoria do órgão estadual, Pereira foi afastado de seu cargo na Sema depois de ter seu nome relacionado a crimes ambientais. A Folha não conseguiu localizar os advogados de Pereira e Kuffner.
A operação, que envolveu cerca de cem policiais e contou com informações cedidas pelo próprio Ibama, foi batizada de Kayabi, em referência ao território indígena onde ocorreram as irregularidades. Estima-se que ações ilegais tenham desmatado 30 mil ha da área.
Em Mato Grosso, foram presos 32 pessoas. Em Sergipe, Mato Grosso do Sul, Goiás e Presidente Prudente (565 km de São Paulo), a PF efetuou uma prisão. A polícia também atuou no Rio de Janeiro e Minas Gerais.
No total, foram expedidos 68 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão.
Crimes
Os presos são suspeitos de envolvimento com grilagem de terras, destruição de florestas de preservação permanente, extração ilegal de madeira e falsidade ideológica.
Segundo a assessoria da PF, enquanto grileiros, fazendeiros e donos de madeireiras cometiam as irregularidades, os funcionários públicos eram omissos ou coniventes com os crimes, que começaram a ser investigados em 2005.
As investigações foram lideradas pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar (conhecido por sua atuação no dossiegate) e são um desdobramento das que geraram a Operação Curupira no ano passado.
A Operação Curupira desbaratou um esquema montado por funcionários do Ibama e do governo de Mato Grosso, que movimentou cerca de R$ 890 milhões com extração e comercialização ilegal de madeira.
Depois dela, o governo do Estado promoveu uma mudança em sua gestão ambiental: extinguiu a antiga Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente) e criou a Sema.
Colaborou LEONARDO SOUZA, enviado especial a Cuiabá
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PF prende 35 acusados de crimes ambientais em terras indígenas de MT
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da Agência Folha
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira ao menos 35 pessoas acusadas de envolvimento com crimes ambientais em terras indígenas de Mato Grosso.
Entre os presos na operação, que ocorreu também em outros seis Estados, estão o ex-superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) em Mato Grosso Jacob Kuffner, grileiros, fazendeiros e donos de madeireiras.
Também foi detido o funcionário da Sema (Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso) Geraldo Pereira, que estava cedido pela secretaria desde setembro de 2005 para a assessoria do deputado estadual Dilceu Dal'Bosco (PFL-MT), reeleito nesta eleição.
Segundo a assessoria do órgão estadual, Pereira foi afastado de seu cargo na Sema depois de ter seu nome relacionado a crimes ambientais. A Folha não conseguiu localizar os advogados de Pereira e Kuffner.
A operação, que envolveu cerca de cem policiais e contou com informações cedidas pelo próprio Ibama, foi batizada de Kayabi, em referência ao território indígena onde ocorreram as irregularidades. Estima-se que ações ilegais tenham desmatado 30 mil ha da área.
Em Mato Grosso, foram presos 32 pessoas. Em Sergipe, Mato Grosso do Sul, Goiás e Presidente Prudente (565 km de São Paulo), a PF efetuou uma prisão. A polícia também atuou no Rio de Janeiro e Minas Gerais.
No total, foram expedidos 68 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão.
Crimes
Os presos são suspeitos de envolvimento com grilagem de terras, destruição de florestas de preservação permanente, extração ilegal de madeira e falsidade ideológica.
Segundo a assessoria da PF, enquanto grileiros, fazendeiros e donos de madeireiras cometiam as irregularidades, os funcionários públicos eram omissos ou coniventes com os crimes, que começaram a ser investigados em 2005.
As investigações foram lideradas pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar (conhecido por sua atuação no dossiegate) e são um desdobramento das que geraram a Operação Curupira no ano passado.
A Operação Curupira desbaratou um esquema montado por funcionários do Ibama e do governo de Mato Grosso, que movimentou cerca de R$ 890 milhões com extração e comercialização ilegal de madeira.
Depois dela, o governo do Estado promoveu uma mudança em sua gestão ambiental: extinguiu a antiga Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente) e criou a Sema.
Colaborou LEONARDO SOUZA, enviado especial a Cuiabá
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