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25/11/2006
-
10h34
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Deputado federal eleito pelo PT-MG, o advogado tributarista Juvenil Alves Ferreira Filho, 47, preso anteontem pela Polícia Federal, teve encontro com o ex-ministro José Dirceu durante a campanha eleitoral no aeroporto de Brasília.
Foi um encontro casual, segundo o advogado Renato Moreira, que trabalha com Alves e foi o coordenador da sua campanha. A reportagem enviou e-mail a Dirceu, que não respondeu até a conclusão da edição.
Segundo Moreira, Alves e Dirceu não se conheciam. Foi Alves que se aproximou. Conversaram e Alves propôs eventual parceria na área advocatícia. "Foi no aeroporto de Brasília. O Juvenil retornando [para BH] e o José Dirceu embarcando. Não se conheciam. Nunca mais retomaram a conversa. Ele chegou, conversou com o Dirceu na sala de embarque. O Dirceu falou que estava advogando e ele [Alves] disse que podiam estudar uma parceria."
Alves é suspeito de ser "mentor e executor", diz a PF, de um esquema de "blindagem patrimonial" de empresas devedoras de ao menos R$ 1 bilhão em tributos, com abertura de empresas virtuais no exterior. O irmão dele, Abelardo Ferreira, está entre os 14 presos. Alves nega as acusações.
O advogado Renato Moreira disse que Alves não quis que seus advogados ingressassem com pedido de habeas corpus para tentar tirá-lo da prisão na PF: "Ele quer deixar a PF ter acesso a todos as informações. Não quer ser obstáculo", disse Moreira, para quem o habeas corpus poderia dar a entender que ele não quer a investigação.
Ao contrário do que informou a Folha ontem, Alves não fez "dobradinhas" eleitorais com o deputado estadual Rogério Correia e os federais Virgílio Guimarães e Ivo José. Essas "dobradinhas" ocorreram com o deputado estadual Durval Ângelo. Foi por meio de Durval que o advogado tributarista se reaproximou do PT, em 2004.
A empresa SNC Indústria de Cosméticos Ltda., detentora da marca Kanechomn, divulgou ontem nota dizendo ter sido "surpreendida com o envolvimento de seu nome" na operação da Polícia Federal e esclarecendo que seu "relacionamento com a Juvenil Alves e Advogados Associados concentra-se na prestação de serviços jurídicos na área tributária".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Juvenil Alves
Advogado diz que petista preso pela PF se encontrou com Dirceu
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Deputado federal eleito pelo PT-MG, o advogado tributarista Juvenil Alves Ferreira Filho, 47, preso anteontem pela Polícia Federal, teve encontro com o ex-ministro José Dirceu durante a campanha eleitoral no aeroporto de Brasília.
Foi um encontro casual, segundo o advogado Renato Moreira, que trabalha com Alves e foi o coordenador da sua campanha. A reportagem enviou e-mail a Dirceu, que não respondeu até a conclusão da edição.
Segundo Moreira, Alves e Dirceu não se conheciam. Foi Alves que se aproximou. Conversaram e Alves propôs eventual parceria na área advocatícia. "Foi no aeroporto de Brasília. O Juvenil retornando [para BH] e o José Dirceu embarcando. Não se conheciam. Nunca mais retomaram a conversa. Ele chegou, conversou com o Dirceu na sala de embarque. O Dirceu falou que estava advogando e ele [Alves] disse que podiam estudar uma parceria."
Alves é suspeito de ser "mentor e executor", diz a PF, de um esquema de "blindagem patrimonial" de empresas devedoras de ao menos R$ 1 bilhão em tributos, com abertura de empresas virtuais no exterior. O irmão dele, Abelardo Ferreira, está entre os 14 presos. Alves nega as acusações.
O advogado Renato Moreira disse que Alves não quis que seus advogados ingressassem com pedido de habeas corpus para tentar tirá-lo da prisão na PF: "Ele quer deixar a PF ter acesso a todos as informações. Não quer ser obstáculo", disse Moreira, para quem o habeas corpus poderia dar a entender que ele não quer a investigação.
Ao contrário do que informou a Folha ontem, Alves não fez "dobradinhas" eleitorais com o deputado estadual Rogério Correia e os federais Virgílio Guimarães e Ivo José. Essas "dobradinhas" ocorreram com o deputado estadual Durval Ângelo. Foi por meio de Durval que o advogado tributarista se reaproximou do PT, em 2004.
A empresa SNC Indústria de Cosméticos Ltda., detentora da marca Kanechomn, divulgou ontem nota dizendo ter sido "surpreendida com o envolvimento de seu nome" na operação da Polícia Federal e esclarecendo que seu "relacionamento com a Juvenil Alves e Advogados Associados concentra-se na prestação de serviços jurídicos na área tributária".
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