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26/11/2006
-
10h08
da Folha de S.Paulo
A campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou com um buraco nas suas contas e ainda ontem o PT tentava cobrir o prejuízo.
Tesoureiro da campanha de Lula, o prefeito de Diadema, José de Filippi Jr., alertou o comando petista para o risco e avisou que pretende consultar o departamento jurídico do PT para analisar que medida poderá adotar caso o rombo não esteja coberto até terça-feira.
Segundo a Folha apurou, o buraco está entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões. Pela legislação eleitoral, o CNPJ do comitê de campanha tem de ser extinto no dia 28. A dívida de campanha passa então a ser de responsabilidade do candidato.
No início da campanha, o PT estimou em R$ 89 milhões os gastos de Lula. Depois elevou esse teto para R$ 115 milhões.
Mantido o déficit, o PT trabalha com três hipóteses, sendo mais provável a transferência da dívida para o Diretório Nacional. Ao assumir a dívida, o partido daria apenas garantia aos credores de que pretende honrar seus compromissos.
Seria a quebra de uma promessa do início da campanha: nunca mais as contas do partido e da campanha seriam misturadas. Na avaliação do PT, foi essa uma das origens do esquema armado pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério de Souza. Não está descartada a possibilidade de o partido recorrer novamente a empréstimos bancários para saldar os débitos.
A hipótese é traumática para o partido, que em 2005, após a explosão do escândalo batizado de mensalão e a descoberta de empréstimos feitos por Delúbio, constatou que a dívida da sigla somava R$ 46 milhões.
Outra possibilidade em discussão, a ideal para o PT, seria a transformação de créditos em doação estimável em dinheiro. Pela proposta, o fornecedor da campanha concordaria em abrir mão do que tem a receber, doando o serviço para o PT: a dívida viraria um crédito.
Era a essa alternativa que Filippi se dedicava ontem: "Estamos trabalhando. Tem um funcionário trabalhando hoje que nem louco atrás desses recibos", explicou. O prefeito, que prorrogou sua licença da prefeitura até dezembro para concluir seu trabalho no comitê financeiro, promete fechar as contas sem déficit até terça: "Vamos fechar as contas, se Deus quiser", disse antes de uma reunião com o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia.
Minimizando o problema, Filippi reconhecia que "havia umas pendências", mas, na terça, dará publicidade aos números. "Aí será a hora da verdade".
Especial
Leia a cobertura completa das eleições 2006
PT tenta tapar rombo de mais de R$ 5 mi na campanha de Lula
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A campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou com um buraco nas suas contas e ainda ontem o PT tentava cobrir o prejuízo.
Tesoureiro da campanha de Lula, o prefeito de Diadema, José de Filippi Jr., alertou o comando petista para o risco e avisou que pretende consultar o departamento jurídico do PT para analisar que medida poderá adotar caso o rombo não esteja coberto até terça-feira.
Segundo a Folha apurou, o buraco está entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões. Pela legislação eleitoral, o CNPJ do comitê de campanha tem de ser extinto no dia 28. A dívida de campanha passa então a ser de responsabilidade do candidato.
No início da campanha, o PT estimou em R$ 89 milhões os gastos de Lula. Depois elevou esse teto para R$ 115 milhões.
Mantido o déficit, o PT trabalha com três hipóteses, sendo mais provável a transferência da dívida para o Diretório Nacional. Ao assumir a dívida, o partido daria apenas garantia aos credores de que pretende honrar seus compromissos.
Seria a quebra de uma promessa do início da campanha: nunca mais as contas do partido e da campanha seriam misturadas. Na avaliação do PT, foi essa uma das origens do esquema armado pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério de Souza. Não está descartada a possibilidade de o partido recorrer novamente a empréstimos bancários para saldar os débitos.
A hipótese é traumática para o partido, que em 2005, após a explosão do escândalo batizado de mensalão e a descoberta de empréstimos feitos por Delúbio, constatou que a dívida da sigla somava R$ 46 milhões.
Outra possibilidade em discussão, a ideal para o PT, seria a transformação de créditos em doação estimável em dinheiro. Pela proposta, o fornecedor da campanha concordaria em abrir mão do que tem a receber, doando o serviço para o PT: a dívida viraria um crédito.
Era a essa alternativa que Filippi se dedicava ontem: "Estamos trabalhando. Tem um funcionário trabalhando hoje que nem louco atrás desses recibos", explicou. O prefeito, que prorrogou sua licença da prefeitura até dezembro para concluir seu trabalho no comitê financeiro, promete fechar as contas sem déficit até terça: "Vamos fechar as contas, se Deus quiser", disse antes de uma reunião com o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia.
Minimizando o problema, Filippi reconhecia que "havia umas pendências", mas, na terça, dará publicidade aos números. "Aí será a hora da verdade".
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