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26/11/2006 - 09h02

Deputado nega ter participado de operação

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, disse ontem que seu advogado telefonou ao delegado Diógenes Curado, que preside o inquérito da Polícia Federal, e este teria informado que a reportagem da Folha é incorreta.

"O meu advogado [Fernando Tiburcio] acabou de falar com o delegado titular do inquérito, que informou a ele que não procede o conteúdo da matéria. Portanto, é uma matéria que não tem fundamento e que evidentemente atinge mais uma vez a imagem de pessoas que estão se comportando tranqüilamente durante esse processo de apuração", disse Berzoini, no início da noite, a repórteres na reunião do Diretório Nacional do PT.

Segundo Berzoini, o próprio delegado disse ao advogado que a conversa poderia ser divulgada à imprensa.

Berzoini disse que avaliará se vai processar a Folha. "Vou examinar todas as possibilidades cabíveis. Na minha opinião, é necessário que haja responsabilização. Vou avaliar com as pessoas que me assessoram juridicamente."

Segundo Berzoini, o delegado teria dito que "não existe qualquer correlação entre as apurações e aquilo que está relatado na Folha de S.Paulo".

Reafirmou que não teve envolvimento no caso. "Não há qualquer participação da minha pessoa nessa questão, portanto é importante ressaltar que confiamos na apuração."

Questionado sobre a reportagem, o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, afirmou que não a tinha lido, mas disse: "Domingo é um dia em que os jornais às vezes publicam ficção. É normal isso. Domingo os suplementos literários sempre comportam textos de ficção".

Em depoimento à Polícia Federal, no mês passado, Berzoini também havia negado saber da negociação do dossiê e disse desconhecer a participação no caso de Hamilton Lacerda, ex-coordenador de campanha de Aloizio Mercadante.

Berzoini disse que "não aconteceu em hipótese nenhuma" uma conversa com o deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT) sobre o governador Blairo Maggi (PPS-MT) ter comprado denúncia de Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas.

O secretário de Comunicação Social do governo do Mato Grosso, José Carlos Dias, falando em nome do governador, disse que o senador tucano Antero de Barros acusou Maggi de estar por trás de denúncias de Vedoin como técnica de defesa.

Dias disse que não houve compra de denúncia e que Maggi sempre liderou as pesquisas e nunca fez "jogo baixo na campanha": "Ao menor indício de corrupção, o governador não amacia".

Na sexta, a Folha deixou recado com um auxiliar de Carlos Abicalil. Até a conclusão desta edição, não houve respostas.

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