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28/11/2006
-
10h11
CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
Às 19h de hoje, o comitê financeiro da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência encerrará sua conta com um déficit de cerca de R$ 17 milhões. Segundo Paulo Bressan, tesoureiro da campanha do tucano, a dívida (comprometida principalmente com gastos em comunicação e transporte) será assumida pela direção nacional do PSDB.
Como herdou uma dívida de mais de R$ 4 milhões --hoje em cerca de R$ 2 milhões-- da disputa de 2002, o buraco nos cofres do partido vai superar R$ 19 milhões, apenas R$ 7 milhões a menos do que a receita prevista com o fundo partidário em todo o ano.
O PSDB calcula que, ao longo de 2007, receberá R$ 26,7 milhões como cota do fundo.
Já o comitê financeiro de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição deverá fechar suas contas com um buraco de cerca de R$ 7 milhões. Esse era, segundo petistas envolvidos na arrecadação, o tamanho da dívida da campanha no fim de semana, quando o tesoureiro, José de Filippi, ainda buscava fontes de receita.
O presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, disse que receberá hoje de Filippi o balanço final da campanha. "Não haverá déficit. Se sobrar dívida, ela será assumida pelo partido", disse Marco Aurélio, segundo o qual os números serão anunciados numa coletiva na tarde de hoje.
O secretário de finanças do PT, Paulo Ferreira, já adiantou que o partido vai procurar seus credores para a renegociação da dívida. Ele não descartou a possibilidade de recorrer a um empréstimo para cobri-las.
Segundo petistas, este ano a dívida tem um perfil diferente das eleições anteriores, quando eram muitos os credores. Agora, a dívida se concentra em um número menor de grandes fornecedores, que já receberam por parte de seus serviços.
O partido fixou em R$ 115 milhões o limite de gastos para a campanha. Os petistas atribuem a dívida ao fato de a disputa ter chegado ao segundo turno, contrariando uma tendência de vitória no dia 1º de outubro.
O presidente do comitê financeiro de Alckmin, Miguel Reale Júnior, por sua vez, reconhece que o comando de campanha passou a sofrer dificuldades para arrecadação a partir do momento em que se consolidou a liderança de Lula no segundo turno. "Depois da terceira pesquisa, as coisas começaram a se complicar", admitiu ele. "Seguramos até os gastos no final. Mas não foi possível cobrir esses gastos", disse.
Segundo Bressan, após a aprovação da prestação de contas, o partido vai procurar credores para renegociação e escalonamento da dívida. Apostando na possibilidade de redução do valor de contratos, Bressan disse não acreditar na disposição dos fornecedores de converterem crédito em doação. "Sei que estamos às vésperas de Natal. Mas é o mesmo que acreditar em Papai Noel", ironizou.
As futuras contribuições para o partido, explicou, serão depositadas numa conta diferente da aberta para os recursos do fundo de campanha.
Embora tenha pedido à Justiça uma ampliação do seu teto em R$ 10 milhões, o comando da campanha vai declarar ao TSE que os gastos nem sequer atingiram o limite originalmente apresentado, de R$ 85 milhões. Bressan adianta que será de cerca de R$ 80 milhões.
Todo o partido será convocado para reforçar o trabalho de arrecadação, especialmente os governadores eleitos por São Paulo, José Serra, e Minas, Aécio Neves.
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da Folha de S.Paulo
Às 19h de hoje, o comitê financeiro da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência encerrará sua conta com um déficit de cerca de R$ 17 milhões. Segundo Paulo Bressan, tesoureiro da campanha do tucano, a dívida (comprometida principalmente com gastos em comunicação e transporte) será assumida pela direção nacional do PSDB.
Como herdou uma dívida de mais de R$ 4 milhões --hoje em cerca de R$ 2 milhões-- da disputa de 2002, o buraco nos cofres do partido vai superar R$ 19 milhões, apenas R$ 7 milhões a menos do que a receita prevista com o fundo partidário em todo o ano.
O PSDB calcula que, ao longo de 2007, receberá R$ 26,7 milhões como cota do fundo.
Já o comitê financeiro de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição deverá fechar suas contas com um buraco de cerca de R$ 7 milhões. Esse era, segundo petistas envolvidos na arrecadação, o tamanho da dívida da campanha no fim de semana, quando o tesoureiro, José de Filippi, ainda buscava fontes de receita.
O presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, disse que receberá hoje de Filippi o balanço final da campanha. "Não haverá déficit. Se sobrar dívida, ela será assumida pelo partido", disse Marco Aurélio, segundo o qual os números serão anunciados numa coletiva na tarde de hoje.
O secretário de finanças do PT, Paulo Ferreira, já adiantou que o partido vai procurar seus credores para a renegociação da dívida. Ele não descartou a possibilidade de recorrer a um empréstimo para cobri-las.
Segundo petistas, este ano a dívida tem um perfil diferente das eleições anteriores, quando eram muitos os credores. Agora, a dívida se concentra em um número menor de grandes fornecedores, que já receberam por parte de seus serviços.
O partido fixou em R$ 115 milhões o limite de gastos para a campanha. Os petistas atribuem a dívida ao fato de a disputa ter chegado ao segundo turno, contrariando uma tendência de vitória no dia 1º de outubro.
O presidente do comitê financeiro de Alckmin, Miguel Reale Júnior, por sua vez, reconhece que o comando de campanha passou a sofrer dificuldades para arrecadação a partir do momento em que se consolidou a liderança de Lula no segundo turno. "Depois da terceira pesquisa, as coisas começaram a se complicar", admitiu ele. "Seguramos até os gastos no final. Mas não foi possível cobrir esses gastos", disse.
Segundo Bressan, após a aprovação da prestação de contas, o partido vai procurar credores para renegociação e escalonamento da dívida. Apostando na possibilidade de redução do valor de contratos, Bressan disse não acreditar na disposição dos fornecedores de converterem crédito em doação. "Sei que estamos às vésperas de Natal. Mas é o mesmo que acreditar em Papai Noel", ironizou.
As futuras contribuições para o partido, explicou, serão depositadas numa conta diferente da aberta para os recursos do fundo de campanha.
Embora tenha pedido à Justiça uma ampliação do seu teto em R$ 10 milhões, o comando da campanha vai declarar ao TSE que os gastos nem sequer atingiram o limite originalmente apresentado, de R$ 85 milhões. Bressan adianta que será de cerca de R$ 80 milhões.
Todo o partido será convocado para reforçar o trabalho de arrecadação, especialmente os governadores eleitos por São Paulo, José Serra, e Minas, Aécio Neves.
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