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01/12/2006
-
20h58
da Folha Online
O juiz da 1ª Vara de Justiça Criminal, Paulo Antônio Rossi, deferiu o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público de São Paulo contra os fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo: Estevam Hernandes Filho e sua mulher, Sônia Haddad Moraes Hernandes. Outros três sócios dos Hernandes também tiveram a prisão preventiva decretada.
O pedido foi feito porque o casal não compareceu à audiência do processo em que os dois são denunciados por lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica. O juiz já havia determinado anteriormente a quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens do casal Hernandes.
O advogado de defesa do casal Hernandes, Luiz Flávio Borges D'Urso --reeleito presidente da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil)-- disse que o pedido de prisão é "descabido". "Não era o caso de pedir a prisão."
D'Urso disse que já entrou com um pedido de habeas corpus em favor do casal Hernandes. Ele evitou confirmar que seus clientes estão foragidos. Mas afirmou que "eles não foram presos".
A assessoria da Renascer informou que Estevam não compareceu à audiência porque estava com um problema nos olhos. Também informou que o atestado médico já foi enviado para o Ministério Público, que deve juntar o documento ao processo.
Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo do dia 25 de outubro informava que um ex-funcionário da Renascer, que se identificou como "J", disse que o dinheiro arrecadado entre os fiéis era usado para pagar funcionários de empresas dos Hernandes. Assim, sobravam mais recursos para que as empresas do grupo comprassem bens.
Numa outra denúncia, o Ministério Público de São Paulo acusou os Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno de falsidade ideológica. Eles teriam montado uma igreja "laranja", chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.
Segundo a denúncia, a igreja Internacional Renovação Evangélica, criada em 2004 por Jorge Luiz Bruno, não existe fisicamente. No endereço indicado na ata de fundação --rua Maria Carlota, 879, na zona leste de São Paulo-- funciona um templo da Renascer.
Os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado) Arthur Lemos, Eder Segura, Roberto Porto e José Reinaldo Carneiro --que fizeram o pedido de prisão preventiva-- não quiseram se manifestar, pois o processo está sob segredo de Justiça.
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Leia o que já foi publicado sobre a Igreja Renascer
Justiça decreta prisão preventiva de fundadores da Renascer
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O juiz da 1ª Vara de Justiça Criminal, Paulo Antônio Rossi, deferiu o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público de São Paulo contra os fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo: Estevam Hernandes Filho e sua mulher, Sônia Haddad Moraes Hernandes. Outros três sócios dos Hernandes também tiveram a prisão preventiva decretada.
O pedido foi feito porque o casal não compareceu à audiência do processo em que os dois são denunciados por lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica. O juiz já havia determinado anteriormente a quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens do casal Hernandes.
O advogado de defesa do casal Hernandes, Luiz Flávio Borges D'Urso --reeleito presidente da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil)-- disse que o pedido de prisão é "descabido". "Não era o caso de pedir a prisão."
D'Urso disse que já entrou com um pedido de habeas corpus em favor do casal Hernandes. Ele evitou confirmar que seus clientes estão foragidos. Mas afirmou que "eles não foram presos".
A assessoria da Renascer informou que Estevam não compareceu à audiência porque estava com um problema nos olhos. Também informou que o atestado médico já foi enviado para o Ministério Público, que deve juntar o documento ao processo.
Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo do dia 25 de outubro informava que um ex-funcionário da Renascer, que se identificou como "J", disse que o dinheiro arrecadado entre os fiéis era usado para pagar funcionários de empresas dos Hernandes. Assim, sobravam mais recursos para que as empresas do grupo comprassem bens.
Numa outra denúncia, o Ministério Público de São Paulo acusou os Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno de falsidade ideológica. Eles teriam montado uma igreja "laranja", chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.
Segundo a denúncia, a igreja Internacional Renovação Evangélica, criada em 2004 por Jorge Luiz Bruno, não existe fisicamente. No endereço indicado na ata de fundação --rua Maria Carlota, 879, na zona leste de São Paulo-- funciona um templo da Renascer.
Os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado) Arthur Lemos, Eder Segura, Roberto Porto e José Reinaldo Carneiro --que fizeram o pedido de prisão preventiva-- não quiseram se manifestar, pois o processo está sob segredo de Justiça.
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