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04/12/2006 - 19h16

Oposição se divide em votação do reajuste dos aposentados no Senado

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de intensificar o diálogo com partidos aliados e da oposição em seu segundo mandato pode trazer frutos ao governo federal já nesta semana no Senado Federal. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que vai orientar a bancada do partido a votar pelo reajuste de 5,01% aos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que recebem acima de um salário mínimo.

Na Câmara, a oposição se uniu em torno do aumento de 16,67%, equivalente à correção do salário mínimo, na votação da Medida Provisória com o reajuste aos beneficiários do INSS.

"Proponho ficar com o valor do governo. É um momento que nós [oposição] podemos divergir fraternalmente. A gente tem que combater a corrupção do governo Lula, mas com um discurso coerente", disse.

Apesar do tom ameno adotado pelo líder tucano, o PFL promete insistir no reajuste de 16,67% aos aposentados e pensionistas na votação da MP --prevista para esta terça-feira.

O líder do PFL no Senado, Agripino Maia (RN), afirmou que não há acordo com os governistas para o reajuste de 5,01%. "O PFL vai votar pelo reajuste maior. O governo terá que ganhar no voto ou no veto", ironizou Agripino.

Pelos cálculos do governo, o reajuste de 16,67% causaria um impacto de R$ 7 bilhões nos cofres públicos. Esse mesmo percentual de reajuste já havia sido vetado em junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a oposição conseguiu aprovar no Congresso o reajuste superior aos 5,01%%.

Na primeira votação, tucanos e pefelistas votaram juntos no Senado e na Câmara pelo reajuste de 16,67%. A aprovação do percentual forçou o presidente a vetar a matéria e reeditar a MP com o reajuste de 5,01%.

Desta vez, a união dos partidos de oposição sobre o tema se deu apenas na Câmara, já que os tucanos prometem apoiar o governo no Senado. Se o reajuste de 16,67% for aprovado, a MP tem que retornar à Câmara para nova votação. Do contrário, segue para ser promulgada pelo presidente Lula.

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