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09/12/2006 - 13h46

Evo Morales fará visita ao Brasil em fevereiro

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da France Presse e da Efe, em Cochabamba

O presidente da Bolívia, Evo Morales, visitará o Brasil no início de fevereiro para prosseguir com seu diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
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O chefe da diplomacia brasileira destacou que as relações entre os dois países estão agora mais distendidas e que o diálogo entre os governos prossegue em várias áreas, entre elas a questão do gás boliviano vendido ao Brasil e a situação dos ocupantes das terras de fronteira.

Sobre o gás natural que o Brasil compra da Yacimientos Petrolíferos Fiscales da Bolívia (YPFB), Amorim assinalou que "as conversações continuam com boa vontade de ambas as partes". "A Petrobras já fala em voltar a fazer novos investimentos para ampliar as instalações, o que não acontecia há dois meses", destacou o ministro à imprensa neste sábado, durante a 2ª Cúpula da Comunidade Sul-Americana de Nações (Casa), que termina hoje na cidade boliviana de Cochabamba e reúne os presidentes de oito dos doze países-membros.

"Os presidentes não falam de preços, que é uma questão técnica, o que não significa que não precise haver um marco político. De nada serve o preço ser justo e inviável, nem que seja viável e injusto", resumiu o ministro.

A Bolívia pretende obter pelo menos US$ 5 por milhão de BTU (unidade térmica britânica, medida da capacidade de geração de energia do gás), que é o preço atualmente pago pela Argentina, mas, ao decretar a nacionalização, Evo Morales chegou a falar em até US$ 8 por BTU. O Brasil paga atualmente US$ 4,30 por milhão de BTU.

O diplomata também falou da situação em que ficam, com a reforma agrária, os agricultores brasileiros que ocupam terras bolivianas na fronteira. "Voltaram a nos assegurar que os agricultores produtivos não serão afetados", ressaltou Amorim.

Apesar de a lei boliviana não permitir a permanência de agricultores brasileiro que ocupam terras de forma precária, Lula pediu a Morales que, "pelo menos no caso dos colonos pobres a lei seja aplicada de forma humana, em cooperação com Brasília", informou o ministro.

Sobre a questão do rio Madeira, onde o Brasil está construindo duas represas que podem causar danos ao ambiente, o chanceler declarou que o assunto "foi objeto de uma carta e que fará parte da agenda da próxima visita a Brasília do chanceler boliviano David Choquehuanca", no próximo dia 18.

"O presidente Lula já disse que encontrar uma maneira técnica e econômica de executar um projeto bilateral que beneficie a ambos os países é o que mais desejamos", concluiu Amorim.

Chile

Também foi definida para abril uma reunião entre Lula e a chefe de Estado chilena, Michelle Bachelet. Na pauta, segundo Amorim, estará uma maior abertura do diálogo entre os dois países.

Os dois líderes tiveram uma reunião bilateral paralela à cúpula. "Lula deve receber um convite para visitar o Chile, provavelmente em abril, o que vai depender da agenda", afirmou o ministro das Relações Exteriores.

Segundo Amorim, com um comércio bilateral de quase US$ 7 bilhões anuais, o Chile caminha para se tornar o segundo maior parceiro do Brasil na América do Sul.

Especial
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