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20/12/2006 - 09h12

Em SP, Palocci, Berzoini e Maluf são vaiados na diplomação

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CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho foi fragorosamente vaiado pelos mais de 300 convidados que assistiram ontem à solenidade de diplomação do governador e dos parlamentares eleitos por São Paulo. Houve gritos e protestos, oriundos inclusive da área ocupada por simpatizantes do PT, seu partido.

As vaias perduraram durante todo o ato de diplomação do deputado eleito, incluindo o percurso do plenário até a tribuna e o trajeto de volta do ex-ministro à cadeira reservada a ele.

Ao descer as escadarias que dão acesso à saída da Assembléia Legislativa, Palocci recuou ao perceber que era esperado por jornalistas e deixou o prédio pelos fundos.

Numa festa desbotada pelos escândalos políticos, Palocci não foi o único a ser vaiado. O presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, e o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) também foram alvos de protestos.

Nem os ausentes foram poupados. O anúncio dos nomes do ex-presidente do PT José Genoino e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que renunciou para escapar cassação, produziu sonora vaia.

Além de Genoino, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, e o presidente do PMDB, Michel Temer, não foram à solenidade. Às voltas com a crise provocada com o reajuste do salário dos deputados, Aldo estava em Brasília. Houve poucas vaias à menção de seu nome.

Valdemar e Genoino não tiveram a mesma sorte. Outros deputados, como João Paulo Cunha (PT), Cândido Vacarezza (PT), Conte Lopes (PTB), e Vinicius Camarinha (PSB) também foram vaiados.

A ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) foi a mais aplaudida em plenário. Entre os petistas, o senador reeleito Eduardo Suplicy, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, e o deputado José Eduardo Cardozo foram prestigiados por uma platéia em geral hostil.

Sobrou até para o governador eleito, José Serra. No momento de sua diplomação, um dos convidados se levantou e, da galeria, chamou o tucano de sanguessuga e vampiro. Em resposta, o público gritou o nome de Serra, provocando a adesão dos deputados aliados. Em retribuição ao coro, o governador eleito ergueu os braços.

Da galeria, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP) --que teve mandato cassado ano passado-- assistia à diplomação da filha, Aline, recém-eleita.

Marcada pelo constrangimento, a solenidade teve seus momentos de descontração, como constantes gritos de "lindo" saídos da galeria para o cantor Frank Aguiar (PTB). O deputado eleito foi "homenageado" por "uivos" de seus fãs, em gesto que se repete nos shows. A diplomação do costureiro Clodovil Hernandes (PTC) também foi ruidosa, em um misto de vaias e aplausos.

Após posar para fotos com deputados eleitos e agendar audiências até com petistas, Serra deixou a Alesp esquivando-se das polêmicas: pelos fundos.

A galeria da Alesp tem 234 cadeiras. Pelo menos outras 50 pessoas assistiram à cerimônia de pé. Não foi fixada cota de convidados por diplomado.

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