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27/12/2006 - 09h25

PT irá a Lula cobrar apoio à candidatura de Chinaglia

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Uma comissão de petistas deve cobrar o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião hoje, à pré-candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara. Até agora, seu principal concorrente é o atual presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).

No encontro, o PT também quer discutir sua participação no novo governo. Segundo a deputada Maria do Rosário (PT-RS), a prioridade do partido é manter os ministérios da área econômica e as pastas definidoras de políticas sociais.

Lula já disse que quer que a base de sustentação do governo apresente só um candidato à presidência da Câmara. O temor é a repetição de 2005, quando os aliados se dividiram e a Casa elegeu Severino Cavalcanti (PP-PE) para o posto, em uma derrota do Planalto.

"Vou sugerir ao presidente a importância de a gente compor com rapidez a candidatura", disse o líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS). Ele acredita na solução do impasse em, no máximo, dez dias.

Aldo oficializou na última sexta-feira sua candidatura em conversa com Lula, uma tentativa de conter a consolidação de Chinaglia na disputa. A presença do deputado do PC do B no pleito tinha ganhado força porque Lula havia dito a interlocutores que o apoiava.

Na semana passada, PT e PMDB, as duas maiores bancadas da Casa, praticamente fecharam acordo para dividir a presidência da Câmara nos próximos quatro anos. O PMDB apoiaria Chinaglia agora e, em 2009, teria um candidato com suporte do PT.

Os deputados do PMDB também tinham uma reunião com Lula marcada para hoje, mas a adiaram devido ao caos aéreo. "Nossa intenção era dizer que o PMDB está inclinado a apoiar Chinaglia. O sentimento de 80% da bancada é a favor dele", disse Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), cotado para assumir um ministério.

O acordo entre os dois partidos foi articulado a partir de uma carta do presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, ao presidente do PMDB, Michel Temer, na última terça.

"O Aldo merece todo o nosso respeito, mas ele não é um candidato natural. Como não podemos ter as duas Casas, pretendemos apoiar o PT com o compromisso de termos um candidato daqui a dois anos, o que o PC do B não pode nos oferecer", disse Geddel.

Publicamente, Lula continuará dizendo que a sucessão na Câmara é uma questão do Legislativo e que não cabe a ele interferir. Além de Fontana e Garcia, devem participar da reunião a líder do partido no Senado, Ideli Salvatti, e outros deputados e senadores.

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