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28/12/2006 - 09h17

Lula quer que PT se associe ao Bolsa Família

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Em reunião com dirigentes de seu partido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou ontem o PT a se associar mais ao Bolsa Família, principal programa social do governo federal.

Segundo relato de participantes do encontro, Lula reafirmou à cúpula do partido que tirará espaço da legenda para dar aos partidos aliados em seu segundo mandato, especialmente ao PMDB, mas manterá com o PT a área social e funções "estratégicas".

Lula declarou ainda, segundo apurou a Folha, que fará um segundo governo "diferente".

Em reunião ontem no Palácio do Planalto com a comissão política do PT, Lula não detalhou quais seriam as pastas que destinará a outros partidos, mas sinalizou, por exemplo, a manutenção do Ministério do Desenvolvimento Social na cota petista.

Essa pasta, atualmente dirigida pelo petista mineiro Patrus Ananias, é a responsável pelo Bolsa Família.

Férias de Lula

O presidente repetiu que fará a reforma ministerial na virada de janeiro para fevereiro. Disse que pretende tirar cerca de uma semana de férias, por volta do dia 5 de janeiro, e que falará com os aliados antes de eventuais reformulações no primeiro escalão do segundo mandato. Lula afirmou que fará mudanças de forma "gradual".

"O presidente nos expôs de forma muito clara, muito franca, sua idéia de ir realizando transformações graduais no ministério. Disse que não tem pressa, nós tampouco temos pressa. As transformações não devem se medir em dias ou semanas, mas na oportunidade de serem realizadas", afirmou o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia.

Segundo o petista, a discussão sobre participação do partido no governo no segundo mandato de Lula por enquanto foi "no atacado, não no varejo" e deve ser mais concreta apenas daqui a algumas semanas. "Como [Lula] vai tirar alguns dias de descanso, voltaremos a discutir questões mais tangíveis de composição de governo mais para a segunda quinzena de janeiro", disse.

Câmara

Mais uma vez, o presidente cobrou dos partidos da base aliada a união em torno de um candidato único do governo para disputar a presidência da Câmara dos Deputados. O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), afirmou que na reunião Lula pediu um consenso para chegar a uma candidatura única na Câmara.

Apesar do discurso de que não vai interferir na disputa, o presidente teme que se repita a catástrofe de 2005, quando a base governista chegou rachada à disputa, com Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) como candidato oficial e Virgílio Guimarães (PT-MG) como postulante dissidente. Na ocasião, a divisão acabou proporcionando que Severino Cavalcanti (PP-PE) fosse eleito --para depois renunciar ao mandato acusado de corrupção.

De acordo com Fontana, o ideal é que num prazo de 10 a 15 dias haja uma composição entre os dois candidatos governistas: o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e o líder do governo na Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Atualmente, nenhum dos dois mostra disposição de abandonar a candidatura ao comando da Câmara.

Especial
  • Leia a cobertura da preparação do segundo mandato do governo Lula
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