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01/01/2007
-
09h33
LUIZ CARLOS DE FREITAS
da Agência Folha, em Fortaleza
O governador eleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), assume o Estado em meio a sinais de participação, em sua administração, do irmão Ciro Gomes e do presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati.
Cid toma posse com desafios além dos prometidos em campanha. Um deles é retomar a confiança do PT, após indicar um tucano para o secretariado.
Aliado de força na corrida eleitoral e partido do vice de Cid, Francisco Pinheiro, o PT ainda não digeriu a indicação para a Secretaria da Justiça do então presidente da Assembléia Legislativa, o tucano Marcos Cals.
Ele é ligado a Tasso Jereissati, que deu apoio a Cid em vez de se aliar à candidatura de Lúcio Alcântara (PSDB), que tentava a reeleição.
Parlamentares petistas, como o deputado estadual Nelson Martins, declararam-se surpresos com a atitude do governador eleito. "Minha opinião, não a do partido, é que Tasso vai ter participação no governo dele [de Cid]", diz.
Outros parlamentares entendem a indicação como uma estratégia de Cid, pois ele praticamente assegura a presidência da Assembléia para Domingos Filho (PMDB), forte braço na campanha, além de agradar aos tucanos.
Tucanos
A escolha de Marcos Cals abre vaga para o suplente Luiz Pontes, tucano que está deixando o Senado, ocupar uma cadeira no parlamento estadual, o que representa mais um ponto com Tasso.
Irmão do deputado eleito Ciro Gomes (PSB), apadrinhado politicamente por Tasso, Cid conseguiu um feito peculiar e polêmico antes mesmo de assumir: unir, no mesmo secretariado, partidos historicamente rivais, caso de PT e PSDB, além de PC do B e PMDB (estes dois, aliados de campanha).
A presença do ex-ministro Ciro Gomes no governo de Cid já é sentida. Além de indicar outro irmão, Ivo Gomes (PSB), para a chefia de gabinete, Cid chamou para a Fazenda Mauro Filho (PSB), ex-secretário de Ciro, quando este era governador (de 1991 a 1994) . Para a Casa Civil, foi convidado Arial do Pinho, empresário e antigo doador de campanhas de Ciro.
Adail Fontenele, indicado para a Infra-estrutura, também foi secretário de Ciro Gomes, além de ter no currículo 15 anos de filiação ao PSDB. Hoje ele está sem partido.
A afinidade com o PT aparece na estrutura administrativa, pelo menos na nomenclatura. A criação da Secretaria das Cidades, em substituição à pasta de Desenvolvimento Local e Regional, é um exemplo.
Outras novidades são a Casa Civil, extinguindo a Secretaria de Governo, e a Secretaria de Desenvolvimento Social, que tratará do Bolsa-Família.
Cortes
Redução de gastos
O relatório da equipe de transição de Cid, que colheu informações nos últimos dias do governo Lúcio, sugere redução nos gastos em torno de R$ 314 milhões por ano. A maior parte da economia --R$ 252 milhões-- será em custeio finalístico, item que o grupo ainda não deixou claro como conseguirá atingir.
As consultorias e trabalhos terceirizados também passarão pela navalha.
Cid antecipou que não pensa em grandes obras, como fizeram os tucanos no Ceará, caso do Porto do Pecém e Aeroporto Internacional de Fortaleza. A tendência é direcionar os trabalhos para o social e saúde.
Entre as prioridades do novo governador está a construção de dois hospitais regionais, um no norte, em Sobral, sua terra natal, e outro no sul do Estado, em Juazeiro do Norte.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o governador Cid Gomes
Cid assume governo do Ceará com influências do irmão Ciro Gomes
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da Agência Folha, em Fortaleza
O governador eleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), assume o Estado em meio a sinais de participação, em sua administração, do irmão Ciro Gomes e do presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati.
Cid toma posse com desafios além dos prometidos em campanha. Um deles é retomar a confiança do PT, após indicar um tucano para o secretariado.
Aliado de força na corrida eleitoral e partido do vice de Cid, Francisco Pinheiro, o PT ainda não digeriu a indicação para a Secretaria da Justiça do então presidente da Assembléia Legislativa, o tucano Marcos Cals.
Ele é ligado a Tasso Jereissati, que deu apoio a Cid em vez de se aliar à candidatura de Lúcio Alcântara (PSDB), que tentava a reeleição.
Parlamentares petistas, como o deputado estadual Nelson Martins, declararam-se surpresos com a atitude do governador eleito. "Minha opinião, não a do partido, é que Tasso vai ter participação no governo dele [de Cid]", diz.
Outros parlamentares entendem a indicação como uma estratégia de Cid, pois ele praticamente assegura a presidência da Assembléia para Domingos Filho (PMDB), forte braço na campanha, além de agradar aos tucanos.
Tucanos
A escolha de Marcos Cals abre vaga para o suplente Luiz Pontes, tucano que está deixando o Senado, ocupar uma cadeira no parlamento estadual, o que representa mais um ponto com Tasso.
Irmão do deputado eleito Ciro Gomes (PSB), apadrinhado politicamente por Tasso, Cid conseguiu um feito peculiar e polêmico antes mesmo de assumir: unir, no mesmo secretariado, partidos historicamente rivais, caso de PT e PSDB, além de PC do B e PMDB (estes dois, aliados de campanha).
A presença do ex-ministro Ciro Gomes no governo de Cid já é sentida. Além de indicar outro irmão, Ivo Gomes (PSB), para a chefia de gabinete, Cid chamou para a Fazenda Mauro Filho (PSB), ex-secretário de Ciro, quando este era governador (de 1991 a 1994) . Para a Casa Civil, foi convidado Arial do Pinho, empresário e antigo doador de campanhas de Ciro.
Adail Fontenele, indicado para a Infra-estrutura, também foi secretário de Ciro Gomes, além de ter no currículo 15 anos de filiação ao PSDB. Hoje ele está sem partido.
A afinidade com o PT aparece na estrutura administrativa, pelo menos na nomenclatura. A criação da Secretaria das Cidades, em substituição à pasta de Desenvolvimento Local e Regional, é um exemplo.
Outras novidades são a Casa Civil, extinguindo a Secretaria de Governo, e a Secretaria de Desenvolvimento Social, que tratará do Bolsa-Família.
Cortes
Redução de gastos
O relatório da equipe de transição de Cid, que colheu informações nos últimos dias do governo Lúcio, sugere redução nos gastos em torno de R$ 314 milhões por ano. A maior parte da economia --R$ 252 milhões-- será em custeio finalístico, item que o grupo ainda não deixou claro como conseguirá atingir.
As consultorias e trabalhos terceirizados também passarão pela navalha.
Cid antecipou que não pensa em grandes obras, como fizeram os tucanos no Ceará, caso do Porto do Pecém e Aeroporto Internacional de Fortaleza. A tendência é direcionar os trabalhos para o social e saúde.
Entre as prioridades do novo governador está a construção de dois hospitais regionais, um no norte, em Sobral, sua terra natal, e outro no sul do Estado, em Juazeiro do Norte.
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