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01/01/2007 - 09h22

Presidenciável, Aécio vai buscar apoio para novo pacto federativo

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Governador reeleito de Minas Gerais, o presidenciável Aécio Neves (PSDB), 46, se prepara para uma espécie de "road show" pelo país nos próximos anos para aglutinar forças por um novo pacto federativo, tema defendido por ele desde 2003. Aécio também vai elevar o tom no questionamento ao modo de gestão do governo Lula, mas seguirá preservando a relação com o presidente.

Há quatro anos, o tucano destacou no seu discurso de posse a necessidade de o país promover o que chama de repactuação da Federação, situação que daria a Estados e municípios mais autonomia financeira e administrativa. Isso implicaria maior parte no bolo tributário recolhido pela União e novos deveres.

No novo discurso, além da revalorização da política pela conduta ética, Aécio vai voltar a falar da questão federativa --afirmando que o modelo centralizador da União se exauriu, dificultando o gerenciamento dos Estados e do próprio governo federal. Aécio vê falta de decisão do governo Lula em mudar essa concentração, que ele diz ser de 80% do volume arrecadado em tributos.

O governador quer agora buscar o apoio de governadores e outras lideranças regionais. Trata-se de um discurso sensível aos governantes estaduais, especialmente em tempos de carência de recursos.

Com essa pregação, Aécio vai também montando a face de um eventual discurso para 2010. Para ele, o pacto federativo é a reforma mais urgente.

A montagem da equipe favorece as incursões políticas de Aécio pelo país, a começar pela escolha do vice, pessoa da sua inteira confiança política e administrativa. Trata-se do advogado e administrador público Antonio Anastasia (PSDB), secretário de Planejamento e Gestão no mandato anterior.

Mentor do "choque de gestão" mineiro em 2003, que permitiu ao Estado acabar com o déficit orçamentário, ele será o responsável por gerenciar todas as ações desenvolvidas pelo secretariado mineiro.

Segundo Aécio, caberá ao gerente Anastasia "acompanhar e fiscalizar, orientar projetos estruturadores, coordenar câmaras setoriais, presidir o Conselho de Defesa Social e a Câmara de Gestão --órgão executor das ações de governo, orçamentárias e administrativas".

Aécio quer que sua gestão seja uma "vitrine" (expressão dele). E usa a eficiência de gestão para reforçar o discurso pela repactuação da federação.

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