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12/01/2007 - 17h54

Dirceu ironiza Jungmann e sugere que ele deveria renunciar

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da Folha Online

O ex-ministro José Dirceu (PT) ironizou nesta sexta-feira o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que é acusado pela Procuradoria da República no Distrito Federal de envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no período em que esteve à frente do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Dirceu, Jungmann "quer para si o que negou aos demais": direito de defesa.

"É preciso deixar claro que Jungmann nunca deu o direito de defesa a ninguém. Pelo contrário, prejulgou e linchou todos os investigados no caso dos sanguessugas e em outras denúncias, como se fosse um torquemada [inquisidor] de plantão. Exigiu renúncia, afastamento dos cargos. Agora, quando é acusado de ser 'chefe de quadrilha', quer para si o que negou aos demais e, além disso, ainda vê motivação política nas acusações", afirma Dirceu em seu blog.

Dirceu agora cobra que Jungmann renuncie ou peça licença do seu mandato de parlamentar até que as investigações sobre o episódio estejam concluídas, assim como o deputado teria feito quando adversários políticos --o próprio Dirceu, por exemplo-- foram envolvidos em escândalos.

"O mínimo que ele tem que fazer é se desligar de qualquer investigacão e, mais, pelo critério que ele utilizou contra todos os outros parlamentares, deveria pedir licença do mandato até que as investigações terminem", diz.

"Se fôssemos aplicar a Jungmann o que ele exigiu dos demais parlamentares acusados durante esses dois últimos anos --ignorando a presunção da inocência, que o ônus da prova cabe a quem o acusa e que a decisão final é da Justiça--, ele já seria culpado", acrescenta Dirceu.

"Estranho"

Jungmann disse, na quinta-feira, considerar "estranho" o momento em que o Ministério Público do DF divulgou a denúncia, em meio às suas articulações por uma terceira candidatura à presidência da Câmara.

"Eu acho que existem coincidências, mas quero me defender. Eu não posso deixar de estranhar esse momento em que a gente lidera a terceira via, em que brigamos pela moralidade desta Casa. Mas não quero clemência, quero rigor e Justiça. Eu vou até o fim", afirmou.

Jungmann disse ainda que pediu ao presidente do PPS, Roberto Freire (PE), para que abra investigação dentro do partido para apurar seu envolvimento no caso. Ele afirmou que também procurou o presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), para que o órgão também apure o caso.

"Como homem público, tenho que explicar qualquer denúncia. Quero que o partido e a minha própria Casa me investiguem. O mesmo rigor que sempre cobrei na qualidade de juiz, quero sobre mim", afirmou.

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