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12/01/2007
-
18h51
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), fez duras críticas nesta sexta-feira ao apoio do PSDB à candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP) para presidir a Casa Legislativa. Em conversas com interlocutores do PSDB, Aldo considerou incoerente a posição adotada pelos tucanos.
"Eu questionei duramente meus amigos do PSDB sobre a posição adotada que não guarda coerência com a postura do partido nos últimos quatros anos, a não ser que toda a oposição que o PSDB fez ao PT tenha sido arquivado em função de acordos políticos regionais", disse.
Os tucanos decidiram formalizar o apoio a Chinaglia depois de receberem a contrapartida de que o PT vai apoiar as indicações tucanas para a presidência das Assembléias Legislativas da Bahia e de São Paulo. Na opinião de Aldo, a escolha de um integrante do PT para a presidência da Câmara vai provocar desequilíbrio de forças políticas na coalizão proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Eu julgo legítimo que o PT busque ampliar sua esfera de poder, mas o que questiono aos aliados é se devemos oferecer mais poder a quem já tem razoável poder na coalizão", disse.
Segundo Aldo, é "desaconselhável a concentração tão grande de poder nas mãos de um partido [o PT]".
O presidente da Câmara prevê dificuldades para a aprovação da reforma política no Congresso, nos próximos meses diante do arranjo político que se configura. "Como vamos começar a discutir reforma política se os acordos na Câmara se subordinam a acordos regionais?"
Apesar da união entre PT e PSDB levar prejuízos à coalizão, Aldo não acredita no desmonte da união de forças articulada pelo presidente Lula. "Não é temer [o PT]. Eu fui e sou aliado do PT, mas para o equilíbrio da democracia nós não devemos dar todo o poder a um único partido da coalizão", disse.
Racha tucano
Aldo acredita na adesão de parte do PSDB à sua candidatura, já que na próxima terça-feira um grupo de tucanos contrário ao apoio à Chinaglia se reúne para questionar a decisão do partido.
O presidente da Câmara disse não concordar com o argumento apresentado pelo PSDB de que o apoio ao petista foi consequência da proporcionalidade da bancada na Casa --já que o PT possui a segunda maior bancada eleita na Câmara seguido apenas pelo PMDB, que desistiu de indicar candidato na disputa.
"O argumento da proporcionalidade não resiste. O último presidente que o PSDB elegeu foi o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves, cujo partido era o segundo em bancada na Câmara. O indicado do PSDB à Assembléia Legislativa da Bahia nem de longe tem proporcionalidade no cargo", afirmou.
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), fez duras críticas nesta sexta-feira ao apoio do PSDB à candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP) para presidir a Casa Legislativa. Em conversas com interlocutores do PSDB, Aldo considerou incoerente a posição adotada pelos tucanos.
"Eu questionei duramente meus amigos do PSDB sobre a posição adotada que não guarda coerência com a postura do partido nos últimos quatros anos, a não ser que toda a oposição que o PSDB fez ao PT tenha sido arquivado em função de acordos políticos regionais", disse.
Os tucanos decidiram formalizar o apoio a Chinaglia depois de receberem a contrapartida de que o PT vai apoiar as indicações tucanas para a presidência das Assembléias Legislativas da Bahia e de São Paulo. Na opinião de Aldo, a escolha de um integrante do PT para a presidência da Câmara vai provocar desequilíbrio de forças políticas na coalizão proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Eu julgo legítimo que o PT busque ampliar sua esfera de poder, mas o que questiono aos aliados é se devemos oferecer mais poder a quem já tem razoável poder na coalizão", disse.
Segundo Aldo, é "desaconselhável a concentração tão grande de poder nas mãos de um partido [o PT]".
O presidente da Câmara prevê dificuldades para a aprovação da reforma política no Congresso, nos próximos meses diante do arranjo político que se configura. "Como vamos começar a discutir reforma política se os acordos na Câmara se subordinam a acordos regionais?"
Apesar da união entre PT e PSDB levar prejuízos à coalizão, Aldo não acredita no desmonte da união de forças articulada pelo presidente Lula. "Não é temer [o PT]. Eu fui e sou aliado do PT, mas para o equilíbrio da democracia nós não devemos dar todo o poder a um único partido da coalizão", disse.
Racha tucano
Aldo acredita na adesão de parte do PSDB à sua candidatura, já que na próxima terça-feira um grupo de tucanos contrário ao apoio à Chinaglia se reúne para questionar a decisão do partido.
O presidente da Câmara disse não concordar com o argumento apresentado pelo PSDB de que o apoio ao petista foi consequência da proporcionalidade da bancada na Casa --já que o PT possui a segunda maior bancada eleita na Câmara seguido apenas pelo PMDB, que desistiu de indicar candidato na disputa.
"O argumento da proporcionalidade não resiste. O último presidente que o PSDB elegeu foi o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves, cujo partido era o segundo em bancada na Câmara. O indicado do PSDB à Assembléia Legislativa da Bahia nem de longe tem proporcionalidade no cargo", afirmou.
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