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13/10/2000 - 07h51

PT de São Paulo pode repetir secretários de 1ª gestão

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FÁBIO ZANINI
ROBERTO COSSO
THOMAS TRAUMANN

Doze anos depois de chegar ao poder em São Paulo, o PT tende a repetir, em um eventual governo de Marta Suplicy, alguns dos principais nomes da primeira gestão.

Caso derrote Paulo Maluf, Marta deve chamar para seu gabinete pessoas ligadas ao Instituto Florestan Fernandes (IFF, organização presidida pela candidata) e que já tiveram cargos de importância na administração petista de Luiza Erundina (1989-92).

Entre os cotados que trabalharam na gestão petista estão Paul Singer, Amir Khair, Ermínia Maricato, Mario Sergio Cortella, Hélio Bicudo, Eduardo Jorge, Carlos Neder, Aldaíza Sposati, Raquel Rolnik e Paulo Teixeira.

No PT, está proibida a discussão sobre secretariado no atual estágio. Marta faz questão de ressaltar que não quer "sentar na cadeira antes do tempo". Procurados pela Folha, os "secretariáveis" se negaram a falar sobre o assunto.

Em geral, os secretariáveis são pessoas de confiança da candidata. Alguns participam das atividades do IFF, como Amir Khair e Ermínia Maricato e outros possíveis integrantes de uma gestão petista como Félix Sanchez, Sergio Amadeu e Maria Tereza Augusti.

Marta gostaria de ter Amir Khair como o seu secretário de Finanças, mas ele resiste voltar a prefeitura.

Caso não consiga convencê-lo, a opção para a pasta é o economista Paulo Nogueira Batista Júnior, admirado pelo senador Eduardo Suplicy.

Se o PT vencer, Paul Singer deverá ser convidado a retornar à Secretaria do Planejamento, Ermínia Maricato para Secretaria da Habitação e Mário Sérgio Cortella para a Educação. Outra opção para a Educação é o deputado estadual César Callegari, do PSB.

Articulação Política

Na coordenação política, dois nomes despontam. Um é Rui Falcão, coordenador da campanha, elogiado pelo talento em administrar conflitos.

Um dos pontos a seu favor é sua proximidade da direção nacional do PT, mas há um porém: Falcão é suplente de deputado federal e tem direito a assumir a vaga em janeiro.

O segundo nome, favorito de Marta, é o do deputado estadual Paulo Teixeira (PT). Coordenador da agenda da candidata, Teixeira terá posição de destaque na eventual gestão. Ele declarou que "não quer abordar o tema neste momento".

Hoje a articulação política está a cargo da Secretaria de Governo, mas existe a hipótese de se recriar a Secretaria de Negócios Extraordinários, que assumiria com a função. Nesse caso, a Secretaria de Governo ficaria restrita à burocracia da prefeitura.

A candidata pensa ainda em extinguir a Secretaria das Administrações Regionais e criar uma supersecretaria, formada a partir da fusão das pastas de Obras e Vias Públicas.

Há dois favoritos para a pasta, que poderá se chamar Secretaria de Urbanismo: o ex-secretário estadual de Meio Ambiente Jorge Wilheim, autor de um projeto de "50 intervenções urbanas na cidade" para o IFF; e Raquel Rolnik, professora da PUC de Campinas.

O candidato a vice-prefeito, Hélio Bicudo, é presença provável no eventual secretariado. Ele pode voltar à pasta de Negócios Jurídicos, mas é possível que seja convidado para uma inédita Secretaria de Direitos Humanos, área em que é especialista.

A pasta seria responsável por assegurar o respeito às minorias, tema corrente na campanha petista.

Se Bicudo preferir continuar suas atividades na Organização dos Estados Americanos, nos EUA, seu indicado para posto seria o do ouvidor das polícias do Estado de São Paulo, Benedito Mariano.

A procuradora Luiza Nagib Eluf está cotada para a Secretaria de Negócios Jurídicos.

Outro nome para o cargo é do ex-deputado Pedro Dallari -na cota das indicações da ex-prefeita Erundina.

Para a Saúde, há duas opções. A primeira é do deputado federal Eduardo Jorge (PT-SP), que não pretende deixar a Câmara. A outra é o vereador Carlos Neder. Ambos dirigiram a pasta na gestão Erundina.

Para a Secretaria dos Transportes, um dos nomes conceituado é de Aílton Brasiliense, presidente da Associação Nacional dos Transportes Públicos.
A vereadora Aldaíza Sposati (PT) é aventada para ser a líder do governo na Câmara, caso o vereador José Eduardo Cardozo seja eleito presidente da Casa.

Os partidos aliados também estão articulando a sua parcela no gabinete.
"Estamos desde o início com Marta, e é natural que tenhamos participação ativa no governo. Queremos ter uma secretaria de peso", afirmou Walter Sorrentino, presidente do diretório estadual do PC do B.

Entre os secretariáveis do PCdoB estão o deputado estadual Jamil Murad e o próprio Sorrentino (para a Saúde) e a vereadora Ana Martins (Bem-Estar Social). No PPS, fala-se na ex-deputada federal Irma Passoni, ex-petista e ex-assessora especial do Ministério das Comunicações.

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