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15/10/2000
-
18h57
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O ex-deputado federal pedetista fluminense José Vicente Brizola, 49, filho mais velho do presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, oficializou seu apoio ao candidato do PT à Prefeitura de Porto Alegre, Tarso Genro, e disse que seu pai ''se junta com os mais retrógrados''.
O PDT gaúcho vive sua maior crise desde a fundação, em 1980. Cerca de 90 pessoas se desfiliaram do partido recentemente.
Tarso disputa o segundo turno com o pedetista Alceu Collares, o que provocou a ruptura da aliança entre os dois partidos no governo Olívio Dutra (PT).
''O PDT se junta ao que há de mais conservador no Rio Grande do Sul. Então, que partido é esse? Que ideologia tem? Armam uma frente de direita contra o PT em Porto Alegre e colocam todo mundo na direita. Esse partido é de direita, não serve mais para seus dissidentes nem para mim'', disse José Vicente, que vive em uma estância da família Brizola em Durazno, no Uruguai.
''O Vicente teve uma atitude que me surpreendeu, mas não me impressionou. Deixou-se embalar por alguma cantoria, resultado do isolamento em que vive lá no Uruguai'', reagiu Brizola.
O vice-presidente do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul), Sereno Chaise, uma das referências históricas do trabalhismo (era prefeito de Porto Alegre em 1964, quando foi cassado pelo regime militar, e é um dos principais amigos de Brizola), afastou-se do partido, foi para a Europa e, de lá, anunciou que apoiará o PT quando retornar, no dia 26.
Aos pedetistas que já deixaram o partido, somou-se Walter Nique, secretário da Fazenda quando Collares foi governador do Estado (91 a 94). Já haviam se afastado os secretários de Estado Dilma Rousseff (Energia, Minas e Comunicações) e Milton Zuanazzi (Turismo), e Rosalino Dutra, ex-ajudande de ordens de Brizola.
Os ex-pedetistas definem Collares como ''alinhado à direita'' e dizem que sua campanha é ''fascista''.
Collares relativiza a importância das dissidências. ''Essas pessoas já não estavam comigo no primeiro turno. Agora, só tornaram isso público'', disse.
Leia mais no especial Eleições Online.
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Filho de Brizola apóia PT em Porto Alegre
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O ex-deputado federal pedetista fluminense José Vicente Brizola, 49, filho mais velho do presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, oficializou seu apoio ao candidato do PT à Prefeitura de Porto Alegre, Tarso Genro, e disse que seu pai ''se junta com os mais retrógrados''.
O PDT gaúcho vive sua maior crise desde a fundação, em 1980. Cerca de 90 pessoas se desfiliaram do partido recentemente.
Tarso disputa o segundo turno com o pedetista Alceu Collares, o que provocou a ruptura da aliança entre os dois partidos no governo Olívio Dutra (PT).
''O PDT se junta ao que há de mais conservador no Rio Grande do Sul. Então, que partido é esse? Que ideologia tem? Armam uma frente de direita contra o PT em Porto Alegre e colocam todo mundo na direita. Esse partido é de direita, não serve mais para seus dissidentes nem para mim'', disse José Vicente, que vive em uma estância da família Brizola em Durazno, no Uruguai.
''O Vicente teve uma atitude que me surpreendeu, mas não me impressionou. Deixou-se embalar por alguma cantoria, resultado do isolamento em que vive lá no Uruguai'', reagiu Brizola.
O vice-presidente do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul), Sereno Chaise, uma das referências históricas do trabalhismo (era prefeito de Porto Alegre em 1964, quando foi cassado pelo regime militar, e é um dos principais amigos de Brizola), afastou-se do partido, foi para a Europa e, de lá, anunciou que apoiará o PT quando retornar, no dia 26.
Aos pedetistas que já deixaram o partido, somou-se Walter Nique, secretário da Fazenda quando Collares foi governador do Estado (91 a 94). Já haviam se afastado os secretários de Estado Dilma Rousseff (Energia, Minas e Comunicações) e Milton Zuanazzi (Turismo), e Rosalino Dutra, ex-ajudande de ordens de Brizola.
Os ex-pedetistas definem Collares como ''alinhado à direita'' e dizem que sua campanha é ''fascista''.
Collares relativiza a importância das dissidências. ''Essas pessoas já não estavam comigo no primeiro turno. Agora, só tornaram isso público'', disse.
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