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16/02/2007 - 10h24

Folha premia retrato de caos penitenciário

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da Folha de S.Paulo

Um retrato do sistema penitenciário de São Paulo, representado pela superlotação e pelas condições desumanas enfrentadas pelos presos do Centro de Detenção Provisória de Araraquara, rendeu às jornalistas Laura Capriglione e Marlene Bergamo o Grande Prêmio Folha de Jornalismo de 2006.

Capriglione, repórter de Cotidiano, e Bergamo, repórter-fotográfica, estiveram em Araraquara em julho do ano passado. Relataram o que viram na reportagem "Preso içado pelo teto expõe caos em prisão", publicada em 6 de julho.

O caso do título foi apenas um dos exemplos da situação mostrada pelas jornalistas. A reportagem revelou que a penitenciária abrigava 1.600 homens em 600 metros quadrados, uma construção projetada para um décimo dessa ocupação. Para vigiá-los, nenhum agente penitenciário --após uma rebelião, eles haviam saído e lacrado a porta.

O relato teve reação imediata --a Corte Interamericana de Direitos Humanos exigiu do governo brasileiro que tomasse providências a respeito. Surtiu efeito. Hoje, a penitenciária está desativada, e os presos foram transferidos.

Outras categorias

O Prêmio Folha foi criado em 1993 e é entregue anualmente aos melhores trabalhos produzidos por profissionais da Empresa Folha da Manhã S.A., que edita a Folha, o Agora e o site noticioso Folha Online. Há premiações bimestrais e uma seleção final, na qual são anunciados, além do Grande Prêmio, os vencedores de seis categorias. Em 2006, concorreram 400 trabalhos.

Os ganhadores na categoria Reportagem foram os repórteres da Sucursal do Rio Raphael Gomide e Sérgio Torres. Em uma série de reportagens, publicadas entre os dias 15 e 22 de março, eles revelaram que o Exército negociou com traficantes e conseguiu assim reaver armas que haviam sido roubadas de um quartel.

O Prêmio Folha na categoria Edição foi dado aos editores Rogerio Gentile, de Cotidiano, Toni Pires, de Fotografia, e Massimo Gentile, de Arte, pela série de cadernos Cotidiano publicados na semana de 14 a 21 de maio, quando ocorreram os primeiros ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Na categoria Serviço, os premiados foram os jornalistas Roberto Dias e Denise Perotti, pelos perfis dos candidatos ao Legislativo, publicados na Folha Online em 15 de setembro. O conjunto de capas do Mais! rendeu a Renata Buono o prêmio na categoria Arte.

Fernando Donasci venceu na categoria Fotografia, com o flagrante de um guarda-civil metropolitano ajudando um menino de rua a esquentar cola. O ilustrador Vincenzo Scarpellini, que morreu em julho, ganhou a categoria Especial do prêmio pelo conjunto de seus trabalhos publicados no jornal.

A comissão julgadora de 2006 foi composta por Vaguinaldo Marinheiro, secretário de Redação, Marcelo Beraba, ombudsman, João Sayad, Marcelo Coelho e Rubem Alves, colunistas da Folha.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Prêmio Folha de Jornalismo
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