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24/02/2007 - 10h54

Historiadora aponta possível novo nome de Frei Galvão após canonização

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FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em Guaratinguetá

Santo Antônio Sant'Anna Galvão. Esse pode passar a ser o nome de frei Galvão, o primeiro santo brasileiro, a ser anunciado como tal pelo papa Bento 16 durante missa programada para 11 de maio, em São Paulo.

A previsão do nome é da historiadora Thereza Maia, 71, que há 35 anos pesquisa a vida e a obra do religioso. No entanto, diz Maia, os fiéis deverão identificá-lo mesmo como são Frei Galvão.

O nome de batismo do franciscano, nascido em 1739 em Guaratinguetá (176 km de SP), é Antônio Galvão de França. Ao ser ordenado frade, em 1762, adotou o sobrenome Santa'Anna devido à devoção da família dele à mãe de Nossa Senhora.

"Mas ele sempre foi conhecido como frei Galvão. Por isso acredito que ele será chamado agora pelos fiéis de são Frei Galvão", diz Maia.

A historiadora mantém em Guaratinguetá, desde 1972, um museu com relíquias do frade, que funciona na casa em que ele nasceu. Maia conta que, em princípio, decidiu homenagear o religioso por causa de suas obras na área cultural, principalmente na arquitetura e na poesia.

"Naquela época não se pensava nem mesmo na beatificação de frei Galvão. O que existia era apenas o culto doméstico a ele, devido às histórias de cura relacionadas às pílulas e à fama de protetor das mulheres grávidas", relatou.

A análise dos documentos relacionados ao franciscano, porém, levou Maia e mais um grupo de pessoas a propor a beatificação. Em 1980, o grupo fez abaixo-assinado reivindicando a investigação dos milagres atribuídos a frei Galvão, que foi entregue ao papa João Paulo 2º quando da visita dele a Aparecida. A beatificação veio em 1998.

O bispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis, agradeceu hoje a Deus pela notícia da canonização de frei Galvão e convocou os católicos a se inspirarem em seu exemplo de vida.

"Fazemos votos de que este acontecimento venha a despertar em todos nós, católicos, cristãos, a consciência de que todos nós somos chamados a ser santos, que a grande vocação nossa é a santidade. E a santidade consiste não em fazer coisas extraordinárias, mas em procurar viver o Evangelho no cotidiano da nossa vida", disse.

Especial
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