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09/03/2007
-
08h45
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina hoje um acordo de cooperação na área de biocombustíveis com o presidente norte-americano George W. Bush. O presidente Lula deve aproveitar o encontro para reforçar o pedido do Brasil para reduzir tarifa cobrada pelos Estados Unidos sobre o álcool brasileiro.
Bush, entretanto, já afirmou que a queda da tarifa de exportação está fora de cogitação. "O tema das tarifas não está na mesa de negociações", disse no mês passado.
A idéia de Bush é que seu irmão caçula Jeb e a Interamerican Ethanol Comission façam a ponte entre empresários do setor dos dois países. A comissão interamericana do etanol foi criada em dezembro e é comandada pelo republicano, pelo ex-ministro da Agricultura de Lula, Roberto Rodrigues, e pelo colombiano Luís Alberto Moreno, presidente do BID.
Lula defendeu ontem a redução dos subsídios "nefastos" dados pelo governo dos Estados Unidos aos agricultores americanos.
O governo brasileiro defende que esse é um dos fatores necessários para o avanço da Rodada Doha. Lula disse ainda que sem acordo na área comercial que possibilite o desenvolvimento dos países mais pobres, não será fácil combater a pobreza e o terrorismo.
"Se não houver acordo para possibilitar uma chance aos países pobres do planeta nós não iremos combater com muita facilidade nem a pobreza, nem a fome e muito menos o terrorismo", disse.
Todos os acordos também devem ser discutidos no encontro de hoje de manhã entre a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, e o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores).
Chegada
O avião presidencial norte-americano, o Air Force One, pousou às 20h04 de ontem no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. A primeira a desembarcar foi a primeira-dama, Laura Bush. O presidente americano foi recepcionado no aeroporto pelo embaixador do Brasil nos EUA, Antônio Patriota, e pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
De Guarulhos, Bush seguiu para o o Hilton Morumbi, na zona sul da cidade, onde chegou por volta das 21h. Ele não tinha compromissos na agenda desta quinta-feira, segundo a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
A passagem de Bush pelo Brasil deve durar menos de 24 horas no país. Nesse período, ele visitará a Transpetro, almoçará com o presidente Lula e assistirá a uma apresentação da ONG Meninos do Morumbi --tudo isso hoje.
Bush deve deixar o país na noite desta sexta-feira. O horário da partida do americano não foi divulgado. Ele seguirá para o Uruguai. O americano também visitará a Colômbia, Guatemala e México.
Segurança
O presidente dos EUA foi escoltado por cerca de 300 homens no trajeto do aeroporto até o hotel. O espaço aéreo deve sofrer restrições --num raio de 5 km-- durante todos os deslocamentos de carro de Bush. O objetivo é evitar que aeronaves sobrevoem o percurso terrestre de Bush.
O Comando de Operações Táticas da Polícia Federal do Distrito Federal reforçará a segurança em São Paulo durante a visita do presidente norte-americano.
Conhecida como a tropa de elite, a equipe ficará na cidade à disposição da PF de São Paulo durante os dias da visita do presidente. Atiradores de elite ficarão posicionados no topo de prédios ao longo dos deslocamentos terrestres de Bush pela cidade.
Protestos
Cerca de 23 mil pessoas foram às ruas em 17 Estados do país ontem para protestar contra a chegada do presidente norte-americano a São Paulo.
A maior manifestação reuniu cerca de 6.000 pessoas --segundo a Polícia Militar-- na avenida Paulista, na região central de São Paulo (SP). Os organizadores do ato contabilizaram a participação de 10 mil pessoas no protesto.
Manifestantes e policiais entraram em confronto durante o protesto, que durou mais de três horas. Cerca de 20 pessoas --entre policiais, manifestantes e fotógrafos-- ficaram feridas. O tráfego de veículos na Paulista chegou a ser interditado. A via já foi liberada.
Em São Luís (MA), o governador Jackson Lago (PDT), usando um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), participou do enforcamento de um boneco representando Bush.
A manifestação, assim como no resto do Brasil, também celebrou o Dia Internacional da Mulher. Lago afirmou que a data simbolizava a "crueldade e a dureza do grande capital estrangeiro no país e a luta das mulheres por seus direitos".
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Bush, entretanto, já afirmou que a queda da tarifa de exportação está fora de cogitação. "O tema das tarifas não está na mesa de negociações", disse no mês passado.
Folha Imagem |
Presidente dos EUA, George W. Bush, se reúne hoje com Lula em São Paulo |
Lula defendeu ontem a redução dos subsídios "nefastos" dados pelo governo dos Estados Unidos aos agricultores americanos.
O governo brasileiro defende que esse é um dos fatores necessários para o avanço da Rodada Doha. Lula disse ainda que sem acordo na área comercial que possibilite o desenvolvimento dos países mais pobres, não será fácil combater a pobreza e o terrorismo.
"Se não houver acordo para possibilitar uma chance aos países pobres do planeta nós não iremos combater com muita facilidade nem a pobreza, nem a fome e muito menos o terrorismo", disse.
Todos os acordos também devem ser discutidos no encontro de hoje de manhã entre a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, e o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores).
Chegada
O avião presidencial norte-americano, o Air Force One, pousou às 20h04 de ontem no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. A primeira a desembarcar foi a primeira-dama, Laura Bush. O presidente americano foi recepcionado no aeroporto pelo embaixador do Brasil nos EUA, Antônio Patriota, e pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
De Guarulhos, Bush seguiu para o o Hilton Morumbi, na zona sul da cidade, onde chegou por volta das 21h. Ele não tinha compromissos na agenda desta quinta-feira, segundo a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
A passagem de Bush pelo Brasil deve durar menos de 24 horas no país. Nesse período, ele visitará a Transpetro, almoçará com o presidente Lula e assistirá a uma apresentação da ONG Meninos do Morumbi --tudo isso hoje.
Bush deve deixar o país na noite desta sexta-feira. O horário da partida do americano não foi divulgado. Ele seguirá para o Uruguai. O americano também visitará a Colômbia, Guatemala e México.
Segurança
O presidente dos EUA foi escoltado por cerca de 300 homens no trajeto do aeroporto até o hotel. O espaço aéreo deve sofrer restrições --num raio de 5 km-- durante todos os deslocamentos de carro de Bush. O objetivo é evitar que aeronaves sobrevoem o percurso terrestre de Bush.
O Comando de Operações Táticas da Polícia Federal do Distrito Federal reforçará a segurança em São Paulo durante a visita do presidente norte-americano.
Conhecida como a tropa de elite, a equipe ficará na cidade à disposição da PF de São Paulo durante os dias da visita do presidente. Atiradores de elite ficarão posicionados no topo de prédios ao longo dos deslocamentos terrestres de Bush pela cidade.
Protestos
Cerca de 23 mil pessoas foram às ruas em 17 Estados do país ontem para protestar contra a chegada do presidente norte-americano a São Paulo.
A maior manifestação reuniu cerca de 6.000 pessoas --segundo a Polícia Militar-- na avenida Paulista, na região central de São Paulo (SP). Os organizadores do ato contabilizaram a participação de 10 mil pessoas no protesto.
Manifestantes e policiais entraram em confronto durante o protesto, que durou mais de três horas. Cerca de 20 pessoas --entre policiais, manifestantes e fotógrafos-- ficaram feridas. O tráfego de veículos na Paulista chegou a ser interditado. A via já foi liberada.
Em São Luís (MA), o governador Jackson Lago (PDT), usando um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), participou do enforcamento de um boneco representando Bush.
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